Morning Times

Corte de gastos de R$ 70 bilhões volta para a mesa de Lula; veja o que esperar do Ibovespa (IBOV)

21 nov 2024, 7:18 - atualizado em 21 nov 2024, 7:18
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Haddad deve apresentar para Lula novas medidas de corte de gastos, incluindo acordo feito com o Ministério da Defesa. Confira. (Imagem: Adriano Machado/Reuters)

O mercado volta do feriado da Consciência Negra com apenas uma dúvida: quando o governo irá anunciar o pacote de cortes de gastos. O ministro Fernando Haddad chegou a comentar que isso ficaria para depois do G20, evento que acabou na terça-feira (19).

Acontece que a equipe econômica conseguiu fechar um acordo com o Ministério da Defesa para fazer ajustes na previdência dos militares, o que promete aliviar mais um pouco os cofres públicos. Com isso, Haddad tem uma reunião marcada para hoje com o presidente Luiz Inácio Lula da Silva para apresentar as novas medidas.

Entre as mudanças estão a idade mínima de 55 anos para reserva remunerada, com período de transição; fim da pensão para militares expulsos das Forças por crimes ou mau comportamento; fim da transferência de pensão; e será fixado em 3,5% da remuneração a contribuição dos militares para o Fundo de Saúde.

Até então, a expectativa era de uma geração de economia de R$ 70 bilhões em dois anos, sendo que os reajustes do salário mínimo e benefícios sociais seguirão as regras do arcabouço fiscal (o crescimento dos gastos fica limitado a 2,5% acima da inflação).

No último pregão, o Ibovespa (IBOV) superou os 127 mil pontos mesmo com a liquidez limitada, por ser véspera de feriado nacional.

O principal índice da bolsa brasileira teve alta de 0,34%, aos 128.197,25 pontos. Já o dólar à vista (USBRL) terminou a sessão a R$ 5,7672 (+0,34%).

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O que esperar de Wall Street

Com a agenda de indicadores esvaziada, o que resta para o mercado lá fora é acompanhar o movimento corporativo, que não promete ser dos melhores.

Ontem, a Nvidia reportou lucro líquido de US$ 19,31 bilhões no terceiro trimestre, uma alta de 109% em relação ao mesmo período do ano passado. Além disso, a receita cresceu 94%, atingindo o total de R$ 35,08 bilhões. No entanto, os analistas estão preocupados no aumento de 44% nos custos operacionais e na queda de 0,50 ponto percentual na margem bruta.

Isso fez com que as ações da companhia caísse 2,5% no after hours em Nova York.

Também pesa no mercado internacional a escalada da tensão na guerra da Rússia e Ucrânia. O presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, deu aval para o uso de armas de longo alcance e minas terrestres contra os russos. Em represália, a Rússia teria lançado um míssil balístico intercontinental pela primeira vez desde o início da invasão em 2022.

As bolsas internacionais operam mistas, enquanto os futuros de Wall Street estão no negativo.

Morning Times: Confira os mercados na manhã desta quinta-feira (21)

Bolsas asiáticas

  • Tóquio/Nikkei: -0,85%
  • Hong Kong/Hang Seng: -0,53%
  • China/Xangai: +0,07%

Bolsas europeias (mercado aberto)

  • Londres/FTSE100: 0,07%
  • Frankfurt/DAX: -0,04%
  • Paris/CAC 40: -0,38%

Wall Street (mercado futuro)

  • Nasdaq: -0,47%
  • S&P 500: -0,35%
  • Dow Jones: -0,19%

Commodities

  • Petróleo/Brent: +1,47%, a US$ 73,87 o barril
  • Petróleo/WTI: +1,57%, a US$ 69,81 o barril
  • Minério de ferro: +0,39%, a US$ 107,37 a tonelada em Dalian

Criptomoedas

  • Bitcoin (BTC): +4,4%, a US$ 97.483
  • Ethereum (ETH): +0,2%, a US$ 3.130

Boa quinta-feira e fique de olho no Money Times para acompanhar as notícias do mercado!