Corte da Selic vem mais fraco? Saiba o que diz Campos Neto
Roberto Campos Neto não pode falar sobre os próximos passos do Banco Central em relação à taxa Selic, mas consegue trazer em suas reflexões o que a autarquia observa no momento. “A inflação não está ganha”, afirmou o presidente do BC entrevista à Veja, divulgada nesta sexta-feira (25), quando indagado se haveriam espaço para mais cortes.
Em seguida, afirmou que “uma parte dela se situa ainda bastante acima da meta”. A declaração vem após a divulgação da prévia de inflação (IPCA-15) de agosto, que subiu 0,28%, acima das projeções de 0,17%.
Outro dado citado por Campos Neto é a inflação de serviços, que segundo ele “apresenta melhora, mas não no patamar que gostaríamos”. O setor apresenta desaceleração lenta, com as projeções para o fim do ano por volta de 5,4%. “Esse cenário demanda um ambiente de juros restritivos”, disse RCN.
Embora a maioria do mercado ainda aposte suas fichas num corte de 50 b.p. na reunião do Copom de setembro, os próximos cortes do BC dependerão do “desenrolar da economia”, como disse Campos Neto, indicado também que o próximo encontro não deve ter unanimidade no ritmo dos cortes, como na reunião de agosto. A recente alta da gasolina, componente inflacionário importante, pode influenciar na cadeia de preços.
É certo que o corte deve ficar limitado a no máximo a 50 pontos no próximo encontro, visto que na ata da última reunião do Copom, foi afirmado que apenas uma “surpresa positiva substancial” aumentaria a velocidade dos cortes da Selic.
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