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Corte da Selic no radar: Onde investir agora? Ações ou renda fixa? Veja o que dizem os analistas

12 jul 2023, 11:25 - atualizado em 12 jul 2023, 11:26
Selic
Renda fixa e ações seguem atraentes cm corte da Selic (Imagem: Pixabay/joelfotos)

O mercado anseia cada vez mais o corte da Selic. Com os critérios estabelecidos pelo Banco Central para iniciar o afrouxamento monetário sendo cumpridos, espera-se uma redução de 0,25 pontos percentuais na taxa em agosto — alguns especialistas já consideram até um corte de 0,50 p.p. na próxima reunião.

Diante deste cenário, cria-se um bom momento para a renda fixa, afirmam Fernando Siqueira, Victor Beyruti e Rafael Pacheco, da Guide. “Ações vem a seguir”, destacam.

De acordo com os analistas, o momento é propício para alongar a carteira de renda fixa com operações pré-fixadas. “As taxas ainda estão elevadas e o risco de novos aumentos nos juros no curto prazo são baixos. Pelo contrário, o mais provável é que o Copom comece a reduzir a Selic”, dizem.

Por outro lado, o estrategista do Itaú BBA, Lucas Queiroz, afirma que os prêmios da renda fixa parecem comprimidos, reduzindo a atratividade de títulos mais longos. “Os prefixados já embutem uma sequência de cortes à frente, mas os títulos com prazos ao redor de 2 anos podem servir àqueles confiantes de um cenário à frente com menos inflação e desaceleração gradual da economia global, ambiente propício a aceleração dos cortes de juros aqui”, diz.

Na análise de Queiroz, para surfar algum cenário de continuidade do movimento, é mais seguro investir em títulos atrelados à inflação. “Os pós-fixados vão continuar entregando rentabilidade substancialmente acima da inflação e devem continuar representando fatias relevantes dos portfólio”, afirma.

O estrategista ainda diz que, mais pra frente, “parece claro que teremos de nos acostumar novamente a um patamar um pouco menor de rentabilidade na renda fixa, ainda que o retorno de dois dígitos não deva sumir das prateleiras”.

E a Bolsa?

Já na Bolsa, os analistas da Guide, preferem ações menos cíclicas, dado que a economia deve continuar crescendo pouco nos próximos meses. Além disso, eles mantêm a preferência por papéis que ganham com a queda dos juros.

Siqueira, Beyruti e Pacheco indicam ações “de crescimento” e de empresas com valuation alto, como WEG (WEGE3) e Magazine Luiza (MGLU3).

Eles também destacam as empresas endividadas, como Vamos (VAMO3) e Assaí (ASAI3), e empresas com concessões longas de serviços públicos, como Rumo (RAIL3) e CCR (CCRO3) .

Já os shoppings, como Multiplan (MULT3), também são comparados com títulos públicos devido
ao negócio ser pouco cíclico e os contratos reajustados por inflação.

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