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Corretora russa terá de devolver US$ 160 milhões lavados em bitcoin aos EUA

21 set 2021, 13:25 - atualizado em 21 set 2021, 15:55
bitcoin dólar
De acordo com oficiais do governo dos EUA, a corretora cripto Suex facilitou saques de grupos de ransomware, de operadores de esquemas e da extinta corretora cripto BTC-e (Imagem: Unsplash/Executium)

A Agência de Controle de Ativos Estrangeiros (OFAC, na sigla em inglês) do Departamento do Tesouro americano anunciou uma nova onda de sanções contra a corretora cripto de balcão Suex.

Oficiais do governo americano disseram, hoje (21), que a Suex, registrada anteriormente em Praga, mas com sedes físicas em Moscou e São Petersburgo, facilitou saques de grupos de ransomware, de operadores de esquemas e da extinta corretora cripto BTC-e, a qual o Departamento de Justiça dos Estados Unidos (DOJ) encerrou anos atrás.

O comunicado da OFAC inclui uma série de endereços de bitcoin (BTC), ether (ETH) e tether (USDT). No total, foram nomeados 25 endereços. 

No título da imagem acima, Suex recebeu mais de US$ 160 milhões em BTC de fontes ilícitas e de alto risco desde 2018 (Imagem: Chainalysis)

A empresa analista cripto Chainalysis auxiliou a OFAC em sua investigação da Suex. Chainalysis descobriu que Suex recebeu mais de US$ 160 milhões em bitcoin nos últimos três anos.

Nesses fundos, também estavam inclusos depósitos de mercados da dark net, em particular do russo Hydra Market, o qual é, provavelmente, o maior do mundo em sua categoria.

Gurvais Grigg, da Chainalysis, disse ao The Block:

O modo de eliminar ataques de ransomware é ir atrás de quem “financia” esses ataques.

“Estamos de olho na Suex há um tempo”, continuou Grigg. “Mas leva tempo para que entidades, como o Tesouro e a OFAC, tornem esses casos parte de suas atuações.”

Após grandes ataques à infraestrutura dos Estados Unidos, no início deste ano, ransomware parece ter se tornado um crescente problema político. Esse tipo de ataque teve um papel de destaque em junho, em uma reunião entre os presidentes Joe Biden e Vladimir Putin.

Posteriormente, a administração de Biden ordenou uma grande investigação sobre ataques de ransomware à JBS, empresa fornecedora de proteína animal.

Anteriormente, o The Block noticiou que o aumento no interesse do público por ransomware tem sido lucrativo para empresas de análise de blockchain, como Chainalysis, que rastreiam transações cripto.

Atualização às 15h52min:

Após fundador de sucessora da BTC-e ser preso, US$ 30 milhões em ether são movimentados

No início desta semana, portais de notícias confirmaram que autoridades polonesas prenderam Dmitri Vasiliev, fundador da corretora cripto WEX, na cidade de Varsóvia. 

Ontem (20), enquanto autoridades confirmavam oficialmente que Vasiliev estava sob custódia, US$ 30 milhões em ether começaram a ser removidos de uma carteira associada à WEX.

Porém, parece que quem estiver controlando esses fundos terá alguns problemas. Em uma transação de 9.916 ethers – avaliada em US$ 29,7 milhões –, a pessoa que deu início à transação ordenou um custo máximo de 0,00042 ETH e uma taxa de gás de 20 Gwei.

No entanto, a taxa de gás – que é o custo da transação – há tempos não apresenta um valor tão baixo, o que manteve a transação pendente já há 24 horas, com baixa probabilidade de ser confirmada.

A corretora WEX é sucessora da extinta BTC-e, a qual autoridades descobriram ter lavado mais de US$ 4 bilhões em criptomoedas. O fundador da BTC-e, Alexander Vinnik, foi sentenciado a cinco anos de prisão na França.

A polícia polonesa afirmou que prendeu Vasiliev a pedido de autoridades do Cazaquistão, mas ainda está decidindo se irá extraditá-lo.

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