Corretora cripto INX lançará IPO de US$ 130 milhões enquanto aguarda regulador
INX, corretora de cripto e de security tokens, pretende dar continuidade à sua oferta pública inicial (IPO) para seu próprio security token que será executado na Ethereum.
A empresa está prestes a iniciar uma turnê para falar sobre a IPO em abril. Para agradar reguladores dos EUA, a INX vai migrar de Gibraltar, na Europa, para Nova York.
Essa é uma mudança drástica no ambiente regulatório já que a corretora vai precisar obter a famigerada BitLicense, licença necessária para realizar atividades relacionadas a criptomoedas.
De acordo com a proposta, a oferta não garante direitos de participação acionária, mas permite que detentores de tokens recebam distribuições com proporção determinada (pro rata) de 40% do fluxo líquido de caixa da empresa a partir de atividades operacionais.
O token também pode ser usado para pagar taxas de negociação com 10% de desconto, comparado a outras formas alternativas de pagamento. Caso haja falência, detentores de tokens serão restituídos após os detentores de títulos, mas após antes dos detentores acionários.
Tokens de corretoras se tornaram comuns na maioria das principais corretoras cripto. A maioria foi oferecida como valores não mobiliários apesar de terem sido reclamadas nos fluxos de caixa da empresa, ficando presos no “purgatório do acúmulo de capital”.
A oferta da INX é diferente da maioria dos tokens de corretoras que estão tentando resolver problemas jurídicos para cumprir com as regulações existentes. Ao legalmente codificar a estrutura do token, a INX não pode alterar os recursos depois, fornecendo um maior acúmulo de valor.
A ideia de veículos de investimento sem títulos ou ações que oferecem algum tipo de reivindicação sobre o fluxo de caixa de uma empresa chamou a atenção da comunidade cripto. Eles oferecem uma nova forma de ganhar exposição financeira para crescimento de uma empresa.
Ao optar por seguir as regras em vez de evitar as regulamentações, a INX pode estar tomando um passo decisivo para legitimar tokens de corretoras e colocar sua viabilidade a longo prazo à prova.