Corretora FTX encerra rodada de financiamento e está avaliada em US$ 18 bilhões
A corretora de criptomoedas FTX finalmente encerrou sua rodada de financiamento “series B” (para a expansão de seu alcance de mercado), garantindo US$ 900 milhões de diversos investidores.
Lançada em 2019, FTX se tornou uma das corretoras mais conhecidas, com acordos que viraram manchete, como a parceria com a Liga Principal de Basquete dos EUA (MLB) e o time de e-sports TSM, dentre outros.
The beginning of an era.
FTX is now a part of every MLB play.
This is going to be different. pic.twitter.com/dObXYgfuR7
— FTX – Built By Traders, For Traders (@FTX_Official) July 16, 2021
A arrecadação inclui grandes nomes do setor de investimentos cripto à sua tabela de capitalização.
Os participantes incluem SoftBank, Sequoia Capital, Paradigm, Lightspeed, Third Point, Alan Howard, Izzy Englander e a família de Paul Tudor Jones, dentre outros. No total, 60 investidores participaram da rodada de financiamento da FTX.
A arrecadação de US$ 900 milhões dá à FTX uma avaliação pós-acordo de US$ 18 bilhões, segundo a empresa. Representa a maior rodada de investimentos do setor cripto, ofuscando o acordo de US$ 440 milhões da Circle deste ano — anteriormente, o maior acordo de capital de risco em cripto.
Em maio, a FTX tinha planos de finalizar uma rodada de financiamento de US$ 1 bilhão.
“Afinal de contas, estou bem empolgado com isso”, disse Sam Bankman-Fried (ou SBF), CEO da FTX, em entrevista ao The Block. “Levou um tempo para explicar a visão da empresa a alguns desses investidores que não são nativos do setor cripto. Porém, o modelo de negócios é bem simples.”
FTX gera lucro pelas taxas provenientes da negociação de criptomoedas. Também expandiu para outras áreas, incluindo ações e commodities por meio de contratos derivativos. Este mês, a empresa gerou um volume de US$ 19,3 bilhões, segundo o painel de dados do The Block.
Com o capital recém-arrecadado, a FTX visa invadir uma linha de negócios bem conhecida em Wall Street: software de “white label” — a ser vendido sob a marca da FTX, mas fabricado por outra empresa.
SBF, ex-negociador da empresa Jane Street, afirmou que a empresa já foi apresentada a possíveis clientes.
“Quer seja um neobanco que visa oferecer negociação cripto, quer seja um portal de pagamentos… Tudo o que temos está disponível via API [interface de programação de aplicações]”, disse ele ao The Block.
O novo capital também permitirá que a FTX fortaleça seus acordos de patrocínio. Segundo SBF, ainda não há como saber qual será o impacto desses acordos no futuro mas, de forma informal, ele afirmou que “50% da forma como as pessoas ouvem falar sobre a FTX” vem dessas parcerias.