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Corretora FTX encerra rodada de financiamento e está avaliada em US$ 18 bilhões

20 jul 2021, 16:32 - atualizado em 20 jul 2021, 16:32
A arrecadação de US$ 900 milhões dá à FTX uma avaliação pós-acordo de US$ 18 bilhões, segundo a empresa (Imagem: Crypto Times)

A corretora de criptomoedas FTX finalmente encerrou sua rodada de financiamento “series B” (para a expansão de seu alcance de mercado), garantindo US$ 900 milhões de diversos investidores.

Lançada em 2019, FTX se tornou uma das corretoras mais conhecidas, com acordos que viraram manchete, como a parceria com a Liga Principal de Basquete dos EUA (MLB) e o time de e-sports TSM, dentre outros.

A arrecadação inclui grandes nomes do setor de investimentos cripto à sua tabela de capitalização.

Os participantes incluem SoftBank, Sequoia Capital, Paradigm, Lightspeed, Third Point, Alan Howard, Izzy Englander e a família de Paul Tudor Jones, dentre outros. No total, 60 investidores participaram da rodada de financiamento da FTX.

A arrecadação de US$ 900 milhões dá à FTX uma avaliação pós-acordo de US$ 18 bilhões, segundo a empresa. Representa a maior rodada de investimentos do setor cripto, ofuscando o acordo de US$ 440 milhões da Circle deste ano — anteriormente, o maior acordo de capital de risco em cripto.

Os 15 maiores acordos de financiamento do setor blockchain/cripto da História (Imagem: The Block Research)

Em maio, a FTX tinha planos de finalizar uma rodada de financiamento de US$ 1 bilhão.

“Afinal de contas, estou bem empolgado com isso”, disse Sam Bankman-Fried (ou SBF), CEO da FTX, em entrevista ao The Block. “Levou um tempo para explicar a visão da empresa a alguns desses investidores que não são nativos do setor cripto. Porém, o modelo de negócios é bem simples.”

FTX gera lucro pelas taxas provenientes da negociação de criptomoedas. Também expandiu para outras áreas, incluindo ações e commodities por meio de contratos derivativos. Este mês, a empresa gerou um volume de US$ 19,3 bilhões, segundo o painel de dados do The Block.

(Imagem: CryptoCompare, The Block Research)

Com o capital recém-arrecadado, a FTX visa invadir uma linha de negócios bem conhecida em Wall Street: software de “white label” — a ser vendido sob a marca da FTX, mas fabricado por outra empresa.

SBF, ex-negociador da empresa Jane Street, afirmou que a empresa já foi apresentada a possíveis clientes.

“Quer seja um neobanco que visa oferecer negociação cripto, quer seja um portal de pagamentos… Tudo o que temos está disponível via API [interface de programação de aplicações]”, disse ele ao The Block.

O novo capital também permitirá que a FTX fortaleça seus acordos de patrocínio. Segundo SBF, ainda não há como saber qual será o impacto desses acordos no futuro mas, de forma informal, ele afirmou que “50% da forma como as pessoas ouvem falar sobre a FTX” vem dessas parcerias.

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