Corretora FCoin declara falência: déficit orçamentário é de US$ 130 milhões em bitcoin
Ontem, 17, em uma publicação, a corretora FCoin decretou insolvência e pode dar calote de até 13 mil BTC (equivalentes a US$ 130 milhões) em fundos de usuários.
De acordo com Jian Zhang, CEO da FCoin, a inadimplência não foi por conta de uma invasão um golpe de saída (exit scam, em inglês), e sim por questões internas relacionadas ao modelo de negócios de “mineração por taxas de transação” (trans-fee mining).
Esse modelo permitia que a FCoin emitisse tokens FT para o público em troca de taxas de transação pagas pelos usuários.
Primeiro, a plataforma iria reembolsar 100% do valor das taxas de transações em FT aos usuários; depois, pagar 80% da receita diária da corretora a partir das taxas de transações aos usuários.
De acordo com Zhang, o calote foi resultado de erros no sistema da FCoin, que começaram a distribuir mais recompensas por bloco a usuários do que deveriam (em 2018).
Conforme o preço do FT foi diminuindo ao longo de 2019 e sua comunidade ficava mais ansiosa, Zhang decidiu usar os fundos da empresa para comprar de volta os tokens no mercado secundário para resolver o problema.
Os criptoativos depositadas nas corretoras não são dos usuários. Em vez disso, podem reivindicar criptoativos custodiados por uma corretora. Teoricamente, corretoras podem fazer o que quiserem com esses fundos dos usuários.
A inadimplência é um dos melhores exemplos que destacam a necessidade de “proof-of-reserves”, para certificar que usuários tenham transparência sobre a solvência de seus custodiantes. Atualmente, usuários não sabem se seus custodiantes possuem serviços de reservas fracionais.