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Corretora cripto Huobi anuncia dissolução de seus negócios cripto na China

27 jul 2021, 11:29 - atualizado em 27 jul 2021, 11:29
A dissolução está em conformidade com as iniciativas de repressão do governo chinês em relação a atividades de negociação e mineração cripto dentro do país (Imagem: Twitter/Huobi)

Huobi está dissolvendo uma entidade em Pequim que foi fundada em 2013 para operar de sua corretora de criptomoedas, cuja sede era originalmente chinesa.

Segundo registros comerciais chineses, stakeholders da Beijing Huobi Tianxia Network Technology Limited aprovaram a resolução para dissolver a empresa e publicando um comunicado no dia 22 de julho.

Leon Li, fundador e CEO do Huobi Group, que também controla a Beijing Huobi, é a pessoa escolhida para realizar o processo de compensação e liquidação.

O comunicado não havia chamado muito a atenção até esta terça-feira (27), quando jornais chineses começaram a informar a dissolução. O preço da ação da Huobi Tech, outra subsidiária listada em Hong Kong da Huobi Group e pertencente a Li, disparou 21,88% durante o horário local de negociação.

A iniciativa da Huobi acontece um mês após Beijing Lekuda — fundada, em 2012, por Star Xu, do OK Group, e responsável pela operação da OKCoin, a antiga rival da Huobi — também ter anunciado sua dissolução.

Os serviços de negociação de criptomoedas da Huobi e da OKEx não serão afetados, pois ambas as corretoras saíram da China há dois anos.

Porém, as decisões de dissolução estão acontecendo em meio às iniciativas de repressão do governo chinês em relação a atividades de negociação e mineração cripto dentro do país.

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Maior descentralização

Com base em documentos sobre diversas disputas jurídicas que incluem a Beijing Lekuda e a Beijing Huobi Tianxia, as duas entidades operavam as corretoras Huobi e OKCoin na China desde suas respectivas fundações.

Essa operação terminou em setembro de 2017, quando o Banco do Povo da China (PBoC) anunciou uma proibição a ofertas iniciais de moeda (ICOs) e negociação centralizada entre moedas fiduciárias e cripto (“on-ramp”).

Desde então, ambas as corretoras migraram seus negócios de negociação para o exterior, apesar de terem grandes bases de usuários na China, assim como uma grande quantidade de funcionários.

As duas entidades também registravam e gerenciavam as contas — agora suspensas — na rede social Weibo das corretoras Huobi e OKEx.

Um porta-voz da Huobi afirmou que, por a entidade de Pequim “não ter tido nenhuma operação comercial, é desnecessária, então recorreu a um cancelamento”.

Não especificou como será a realocação de seus funcionários chineses, mas disse que a corretora está “comprometida com seu processo de globalização conforme continua a contratar funcionários em países ao redor do mundo”.

“Além de permitir que a Huobi atenda melhor às necessidades de muitos usuários internacionais, a Huobi acredita que, ao fazê-lo, também irá melhorar sua capacidade de garantir sua continuidade comercial no mundo inteiro”, acrescentou o porta-voz.