Corretora BTSE lança futuros de ouro precificados em bitcoin
BTSE é uma corretora de criptoativos e empresa de tecnologia financeira que alavanca tecnologias de bitcoin (BTC) e de criptoativos para desenvolver novos produtos financeiros e serviços para investidores, corretoras e empresas no ecossistema blockchain.
A empresa é sediada nas Ilhas Virgens Britânicas e fornece um conjunto de produtos, incluindo a negociação à vista e de derivativos e serviços de empréstimo.
O novo produto de futuros de ouro da BTSE permite que investidores especulem se o preço de uma onça-troy sobe ou desce em relação ao preço do bitcoin (BTC), em vez de outras moedas fiduciárias como o dólar americano (USD).
Investidores na BTSE não têm acesso ou podem reivindicar o ouro físico. Em vez disso, o produto de futuros é ligado à movimentação de preço do Tether Gold, um token padrão ERC-20 que rastreia o preço do ouro fino de Londres como sua fonte de preço.
“Bitcoin está evoluindo em uma reserva amadurecida de valor”, explicou Jonathan Leong, CEO da BTSE.
“O desempenho do ouro vs. bitcoin fascina tanto as empresas como os usuários de varejo, então estamos empolgados em ajudar investidores a negociarem diretamente e especularem sobre o desempenho de ambos os ativos em vez de um com o outro ao lançar um índice de ouro que seja precificado em bitcoin.”
Brian Wong, cofundador da BTSE, afirmou que a resposta ao anúncio do produto foi positiva:
Vemos forte interesse nos futuros de Tether Gold precificados em bitcoin, que indica que investidores estão interessados em especular sobre a diferença de preço relativa dos dois instrumentos.
Se os dois ativos forem positivamente correlacionados, então o preço da volatilidade desse novo instrumento é, por direito, bem menor do que ouro/dólar. Isso porque o preço do ouro e do bitcoin poderão cair em uma proporção equivalente, então o contrato permanece mais ou menos estável.
O grande investidor Paul Tudor Jones afirmou que o bitcoin, em 2020, está desempenhando o papel que o ouro teve na década de 1970. Em uma carta intitulada “A Grande Inflação Monetária”, ele disse que seu fundo Tudor BVI agora possui entre 1 e 2% de seus ativos em contratos futuros de bitcoin.
Ele explicou que também possui uma parte de seu portfólio alocada a ouro e afirmou que o metal precioso pode “aumentar significativamente” se a inflação continuar.
“COVID-19 é um vírus único que resultou em uma resposta política única globalmente”, disse Paul Tudor Jones.
“Aconteceu em uma velocidade tão alta que até mesmo um veterano de mercado, como eu, ficou sem palavras. Desde fevereiro, um total global de US$ 3,9 trilhões (6,6% do PIB global) foi magicamente criado por meio do afrouxamento quantitativo. Estamos passando pela Grande Inflação Monetária (GMI) — uma expansão inédita de cada forma de dinheiro, diferente de tudo o que o mundo desenvolvido já havia visto”.
Satoshi Nakamoto parece ter criado o bitcoin como uma possível solução a esse cenário. Em 2009, logo após o lançamento do whitepaper do bitcoin, o criador pseudonímico publicou em um fórum de internet:
O problema principal com a moeda convencional é toda a confiança necessária para fazê-la funcionar. O banco central deve ser confiado para que não rebaixe a moeda, mas o histórico das moedas fiduciárias é cheio de brechas dessa confiança.
Bancos devem ser confiados com nosso dinheiro e transferi-lo eletronicamente, mas eles o emprestam em ondas de bolhas de crédito com nenhuma fração de reserva.
Raoul Pal, CEO do site de economia Real Vision, afirma que bancos centrais adotam a afrouxamento quantitativo, o terreno está pronto para que grandes ativos, como bitcoin e ouro, tenham um ótimo desempenho.
“Enorme afrouxamento quantitativo de fiduciárias vs. moeda física que se contrai quantitativamente. O bitcoin vence. Esse é um dos melhores cenários de qualquer classe de ativos que eu já vi… técnico, fundamental, fluxo de fundos e quedas.”