Política

Correios votam greve na véspera da Black Friday; SP e RJ podem ser afetados

22 nov 2023, 13:17 - atualizado em 22 nov 2023, 17:36
Correios
Sindicatos fazem reunião hoje para decidir sobre greve durante a Black Friday (Imagem: Fernando Frazão/Agência Brasil)

A Black Friday, importante data para o varejo nacional, pode sofrer impacto com uma greve a ser votada* pelos Correios do Brasil.

A Findect (Federação Interestadual dos Sindicatos dos Trabalhadores e Trabalhadoras dos Correios) anunciou hoje os preparativos para uma greve, que começará amanhã por tempo indeterminado.

Segundo o sindicato, a paralisação pode envolver até “40% do efetivo nacional da empresa e 60% do fluxo postal do país”.

Outros sindicatos também podem aderir, com mobilizações iniciadas em vários estados, como São Paulo, Rio de Janeiro, Tocanti3ns e Maranhão. O anúncio inicial envolve os sindicatos dos Correios das cidades de São Paulo e Bauru (SP) e dos Estados do Rio de Janeiro, Tocantins e Maranhão.

Pode haver mais sindicatos a se juntar na greve, com assembleias marcadas para hoje à noite e amanhã. O pleito dos funcionários da estatal é pelo aumento de salário para a categoria base, no valor de R$ 250. “Sem aumento, Sem Black Friday”, diz o slogan da greve.

*Inicialmente a reportagem teve a informação de que uma greve estava anunciada, mas haverá ainda hoje uma votação das assembleias sobre a realização da paralisação. A informação foi corrigida.

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Entenda o pleito dos funcionários dos Correios

A FINDECT tem contestado a gestão da Empresa Brasileira de Correios e Telégrafos (ECT), comandada por Fabiano Silva, após negociações falharem em abordar 26 inconsistências em um acordo coletivo.

A federação alega que a direção da empresa tem se mostrado distante das necessidades dos trabalhadores, adotando políticas que os prejudicam. Um ponto de atrito específico é a recusa da ECT em incorporar um aumento de R$ 250 ao salário-base, optando por um pagamento alternativo chamado “steps”, que, segundo a FINDECT, não oferece vantagens reais.

Além disso, a FINDECT critica a possibilidade de tributação sobre uma bonificação de R$ 1500 e os descontos excessivos em outra bonificação recente, o que contradiz a promessa de que os valores seriam recebidos líquidos.

Em resposta, a categoria afirma que se mobiliza para uma greve não só por estas questões financeiras, mas também para exigir a realização de concursos públicos e a melhoria das condições de trabalho, frente a um déficit de pessoal que persiste há mais de dez anos.