Coronavírus puxa tapete da indústria da Zona do Euro, que tomba em março; veja resultado
A atividade industrial da Zona do Euro entrou em colapso no mês passado uma vez que as interrupções nas cadeias globais de oferta causadas pelas medidas para conter a pandemia de coronavírus derrubaram a produção, de acordo com a pesquisa Índice de Gerentes de Compras (PMI, na sigla em inglês).
O PMI final de indústria do IHS Markit despencou a 44,5, abaixo da preliminar de 44,8 e da marca de 49,2 em fevereiro. A leitura foi a mais baixa desde meados de 2012, em meio à crise da dívida da zona do euro, e bem abaixo da marca de 50 que separa crescimento de contração.
O subíndice de produção recuou a 38,5 de 48,7, abaixo da preliminar de 39,5 e o nível mais baixo desde abril de 2009, em meio à recessão que se seguiu à crise financeira global.
“Mesmo a queda no PMI para uma mínima de sete anos e meio mascara a gravidade do recuo na indústria já que inclui uma medida de atraso na cadeia de oferta, que impulsionou o índice”, explicou Chris Williamson, economista-chefe do IHS Markit.
“Atrasos de oferta são normalmente vistos como um sinal de aumento da demanda, mas no momento atrasos perto de recordes são uma indicação de fechamentos de fábricas em todo o mundo.”
A demanda também piorou. O subíndice de novas encomendas caiu para a mínima de 11 anos de 37,5 ante 49,4, maior queda mensal nos 23 anos de história da pesquisa.
Veja os números da indústria da Zona do Euro na íntegra (em inglês):
Todos os subíndices na pesquisa ficaram abaixo de 50 e a leitura de produção futura foi de longe a mais baixa desde que o IHS Markit começou a coletar os dados em meados de 2012, levando as empresas a cortar empregos no ritmo mais rápido em mais de uma década.