Coronavírus pode reduzir Selic para 3% em maio, diz UBS
A reunião do Copom (Comitê de Política Monetária) do Banco Central desta semana ainda nem terminou, e os analistas já aguardam seus próximos passos. O UBS, por exemplo, aposta num corte de 1 ponto percentual na Selic, para 3,25% ao ano, nesta quarta-feira (18) – em linha com muitas instituições.
Mas, para o banco, ainda não será suficiente para animar a economia. Fabio Ramos e Tony Volpon, que assinam o relatório do UBS, acreditam que um novo corte da Selic será necessário na próxima reunião, prevista para maio. No caso, uma queda de 0,25 ponto percentual, o que reduziria a taxa básica de juros para 3% ao ano.
O alívio da política monetária é uma das respostas esperadas pelo banco suíço para conter o impacto da pandemia de coronavírus na economia brasileira.
Insuficiente
Para os analistas, o pacote fiscal anunciado pelo governo nesta segunda-feira (16) não basta para combater o vírus. O Ministério da Economia calcula que as medidas previstas injetem R$ 147 bilhões na economia, seja na forma de antecipação de pagamentos (como o 13º salário dos aposentados), seja em benefícios fiscais.
Como boa parte dos gastos anunciados já constam do orçamento da União para 2020, o UBS não considera que representem uma pressão sobre as contas públicas. Por isso, haveria espaço para mais ações.
“Em nossa opinião, haverá uma crescente demanda por gastos adicionais, à medida que a situação econômica e social permaneça sob pressão”, diz a dupla.
“Esperamos, também, novas medidas monetárias. Para a taxa Selic, prevemos um corte adicional de 100 pontos-base, para 3,25% ao ano, nesta quarta-feira, e outro de 25 pontos-base, para 3%, em maio”, afirma o banco.