Coronavírus não atrapalha última vacina contra aftosa no RS antes do status de livre da doença
O governo gaúcho marcou a antecipação da vacina no gado contra a febra aftosa para março e aí a pandemia entrou na cena brasileira para valer. Veio o alerta por causa das restrições de movimentação, que poderiam prejudicar o calendário, mas não há notícias de problemas.
O ciclo de imunização vai até o próximo dia 14 e será o último até que o Rio Grande do Sul consiga o status de livre da doença sem vacinação, a partir de maio de 2021. O estado ficará alinhado ao Paraná e a Santa Catarina, fechando o Sul do País para a entrada de animais de outros estados, e melhorando os ganhos dos exportadores, especialmente os gaúchos.
Por isso chegou a causar algum temor, uma vez que antecipação visa dar tempo para a Organização Mundial de Saúde Animal (OIE) checar os documentos e até inspecionar a região se for o caso. O programa de vacina é válido por 12 meses.
O governo local não registra até o momento atrasos na imunização do rebanho, de pouco mais de 12 milhões de cabeças, nem as associações de criadores. Registro da semana passada falava em cerca de 40% de animais cobertos.
Dartagnan Soares Carvalho, presidente do Núcleo Pampa Gaúcho dos Criadores de Hereford e Bradford não tem visto problemas, mesmo nas propriedades que precisaram contratar trabalhadores temporários, nem com a circulação de técnicos da Secretária de Agricultura e da Vigilância Sanitária nas propriedades.
“Estamos seguindo à risca os protocolos de higiene e mantendo a circulação de pessoas absolutamente dentro do necessário”, explica o pecuarista, que terminou a vacinação de seu gado no fim de semana, na fronteira com o Uruguai.
Também a Associação Brasileira de Angus, com sede em Porto Alegre, o coordenador técnico também não tem registro de problemas nos rebanhos dos associados.