Coronavírus leva Credit Suisse a cortar preços-alvos da Klabin e da Suzano
A pandemia de coronavírus abortou a retomada do mercado de papel e celulose, que se esboçava no segundo semestre do ano passado. Os estoques voltaram a subir na China, e é apenas uma questão de tempo para que o mesmo ocorra na Europa.
A avaliação é do Credit Suisse, em relatório divulgado neste domingo (15).
Caio Ribeiro e Gabriel Galvão, que assinam o relatório, observam que, nesse novo cenário, a recuperação do setor de papel e celulose só ocorrerá a partir do último trimestre deste ano – na melhor das hipóteses.
Essa perspectiva negativa levou o Credit Suisse a cortar os preços-alvos das companhias brasileiras do setor. A Klabin (KLBN11) foi rebaixada de R$ 20 para R$ 19, com recomendação neutra. A Suzano (SUZB3) recuou de R$ 42 para R$ 38, também com indicação neutra.
Queda de preço
A medida foi baseada na redução das estimativas para a cotação do papel e da celulose nos próximos meses. A projeção para a celulose do tipo fibra curta (hardwood) na China baixou de US$ 540 por tonelada para US$ 495 neste ano; e de US$ 570 para US$ 550 no ano que vem.
Embora ambas tenham recomendação neutra, o Credit Suisse mostra preferência pela Klabin, considerada uma companhia “mais defensiva em comparação com outras fabricantes de celulose da nossa cobertura”.
Isto porque, cerca de 80% seus produtos são vendidos para indústrias mais resilientes à crise econômica, de acordo com a dupla de analistas.