Coronavírus faz ações da Telefónica voltarem no tempo para 1996
A multinacional espanhola Telefónica (TEF), que no Brasil é dona da marca Vivo (VIVT4), vive momento conturbado com a crise no setor de telecomunicações nos últimos anos, com ameças de gigantes asiáticas como a chinesa Huawei, aponta reportagem do jornal espanhol El País.
No entanto, o que mais tem afetado o ânimo das ações da companhia recentemente é o surto de coronavírus, que teve origem na China, e já matou quase 3 mil pessoas e infectou milhares em vários países ao redor do planeta.
Os papéis da Telefónica na Europa caíram 2,38% na sessão desta quinta-feira (27), encerrando o dia a € 5,70. Por volta das 6h30 (horário de Brasília) desta sexta-feira (28), as ações se desvalorizaram cerca de 5% a € 5,42.
Trata-se do nível mais baixo desde 1996, ou de meados de 2006 (se ajustada a cotação em relação ao valor de dividendos entregues aos acionistas).
Só em 2020, a desvalorização das ações já ultrapassa 8%. Há pouco mais de uma semana, a Telefónica apresentou ao mercado seu resultado em 2019, com destaque para queda de 65,7% no lucro.
Mercados em pânico
Não tem sido um período difícil apenas para a Telefónica, mas para todas as bolsas globais no geral, tendo o coronavírus no retrovisor. O principal índice da bolsa de Madrid perdia 3,84% às 06h30 (horário de Brasília).
O Ibex derreteu 11% em apenas seis dias com a escalada de casos da doença na Europa: foi a pior semana para o mercado espanhol desde 2011. Até o momento, a Espanha reporta 23 casos confirmados do Covid-19.
O setor de turismo, companhias aéreas e bancos foram os mais vulneráveis, que encabeçaram a queda do Ibex abaixo dos 9 mil pontos.