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Coronavírus, dólar e prévia operacional fazem ações da Gol perderem mais de 4%

06 mar 2020, 11:36 - atualizado em 06 mar 2020, 11:36
No mercado doméstico, a demanda subiu 9,1%, mas a oferta registrou alta de 9,9% no mês passado (Imagem: Divulgação/GOL Linhas Aéreas)

Na parte da manhã desta sexta-feira na bolsa paulista, as ações da Gol (GOLL4) operam com forte queda, em um cenário preocupante com o coronavírus afetando o setor, alta do dólar e divulgação da dados operacionais fracos de fevereiro.

Assim, por volta das 11h33, os papéis perdiam 4,42% a R$ 19,90. O dia é marcado por aversão a risco por temores quanto ao impacto na economia global do surto de coronavírus, que leva os investidores a se expor menos em ativos de risco como ações.

Ibovespa, principal índice acionário brasileiro, tinha perdas de 4,60% a 97.532 pontos, menor patamar desde agosto de 2019. O dólar comercial operava com alta de 1,19% a R$ 4,6621.

A aérea teve queda na taxa de ocupação total de seus voos em fevereiro para 80,7%, ante 81,1% um ano antes, com a demanda aumentando 7,2% enquanto a oferta cresceu 7,7%, na mesma base de comparação.

A demanda e a oferta nos voos internacionais da companhia aérea recuaram 3,3% e 3,2%, respectivamente, fazendo com que a taxa de ocupação ficasse estável em 74,3% em fevereiro, segundo os dados prévios de tráfego.

No mercado doméstico, a demanda subiu 9,1%, mas a oferta registrou alta de 9,9% no mês passado, ambas ano a ano, o que se refletiu em declínio de 0,6 ponto percentual na taxa de ocupação, para 81,8%.

A empresa afirmou que sua “disciplina de capacidade, frota com único tipo de aeronave, gerenciamento dinâmico de yield e liderança no mercado corporativo produziram um crescimento na receita unitária em fevereiro”.

De acordo com a Gol, os yields nos voos domésticos, responsáveis por 93% do total de assentos da companhia, tiveram aumento de 7% em fevereiro. O yields nos voos internacionais não cresceram em razão da valorização do dólar, disse.