Coronavírus: Brasil é um dos poucos que pode “vacinar” a economia com crédito
Enquanto os mercados desabam e o Bank of America (BofA) corta a previsão de crescimento do Brasil para menos de 2% neste ano, o IIF (Institute of International Finance) detectou uma possível “vacina” que pode atenuar os efeitos do coronavírus sobre o nosso PIB.
O instituto, que reúne as maiores instituições financeiras do mundo, afirma que o Brasil é um dos poucos países emergentes, neste momento, que podem acelerar sua economia, por meio da expansão do crédito, a ponto de compensar eventuais impactos negativos da epidemia de coronavírus.
Relação entre a concessão de crédito e a expansão do PIB de países emergentes
De 19 países emergentes analisados pelo IIF, apenas Brasil, Rússia e Turquia apresentam um elevado vínculo entre a melhora do crédito e a subsequente alta do PIB.
O estudo, assinado pelos economistas Robin Brooks e Jonathan Fortun, acrescenta que as três nações vivem um período de intensificação na concessão de crédito.
A referência do estudo é a Turquia, que apresenta a maior resposta da economia ao crédito, na amostra avaliada. Segundo o IIF, 83% do crescimento turco está atrelado a esse fator. O Brasil (BRL) é citado com destaque pela dupla e aparece em sexto lugar, com uma correlação de quase 60%.
Em outro gráfico, o país também é destacado por apresentar uma elevada dependência do crédito para o crescimento do PIB.