Economia

Coronavírus: Brasil é um dos poucos que pode “vacinar” a economia com crédito

27 fev 2020, 16:28 - atualizado em 27 fev 2020, 16:28
Dinheiro
Proteção: Brasil pode atenuar efeitos do coronavírus com mais dinheiro na economia (Imagem: Pixabay)

Enquanto os mercados desabam e o Bank of America (BofA) corta a previsão de crescimento do Brasil para menos de 2% neste ano, o IIF (Institute of International Finance) detectou uma possível “vacina” que pode atenuar os efeitos do coronavírus sobre o nosso PIB.

O instituto, que reúne as maiores instituições financeiras do mundo, afirma que o Brasil é um dos poucos países emergentes, neste momento, que podem acelerar sua economia, por meio da expansão do crédito, a ponto de compensar eventuais impactos negativos da epidemia de coronavírus.

Relação entre a concessão de crédito e a expansão do PIB de países emergentes

gráfico crédito IIF
(Fonte: IIF)

De 19 países emergentes analisados pelo IIF, apenas Brasil, Rússia e Turquia apresentam um elevado vínculo entre a melhora do crédito e a subsequente alta do PIB.

O estudo, assinado pelos economistas Robin Brooks e Jonathan Fortun, acrescenta que as três nações vivem um período de intensificação na concessão de crédito.

A referência do estudo é a Turquia, que apresenta a maior resposta da economia ao crédito, na amostra avaliada. Segundo o IIF, 83% do crescimento turco está atrelado a esse fator. O Brasil (BRL) é citado com destaque pela dupla e aparece em sexto lugar, com uma correlação de quase 60%.

Em outro gráfico, o país também é destacado por apresentar uma elevada dependência do crédito para o crescimento do PIB.

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Diretor de Redação do Money Times
Ingressou no Money Times em 2019, tendo atuado como repórter e editor. Formado em Jornalismo pela ECA/USP em 2000, é mestre em Ciência Política pela FLCH/USP e possui MBA em Derivativos e Informações Econômicas pela FIA/BM&F Bovespa. Iniciou na grande imprensa em 2000, como repórter no InvestNews da Gazeta Mercantil. Desde então, escreveu sobre economia, política, negócios e finanças para a Agência Estado, Exame.com, IstoÉ Dinheiro e O Financista, entre outros.
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