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Corio, da Macquarie, planeja desenvolver 5 GW em projetos eólicos offshore no Brasil

13 jun 2022, 10:35 - atualizado em 13 jun 2022, 10:35
Energia Eólica
Os empreendimentos estão em fase inicial e envolvem áreas marítimas das regiões Nordeste, Sudeste e Sul, variando de cerca de 500 MW a mais de 1,2 GW em capacidade instalada (Imagem: REUTERS/David Gray)

A Corio Generation, empresa do Green Investment Group da australiana Macquarie, anunciou nesta segunda-feira planos para desenvolver cinco projetos de energia eólica offshore no Brasil, que somam mais de 5 gigawatts (GW) de potência.

Os empreendimentos estão em fase inicial e envolvem áreas marítimas das regiões Nordeste, Sudeste e Sul, variando de cerca de 500 MW a mais de 1,2 GW em capacidade instalada.

Segundo comunicado, os parques offshore da Corio serão desenvolvidos junto com a brasileira Servtec, que tem experiência em projetos eólicos onshore.

Os projetos estão sujeitos à finalização da documentação e aprovações regulatórias, disseram as empresas, em comunicado.

Lançada em abril, a Corio é um veículo dedicado a negócios eólicos offshore, possuindo um portfólio de 20 GW em projetos de desenvolvimento pelo mundo.

Segundo a companhia, o Brasil apresenta em toda sua costa ventos com velocidades favoráveis ao desenvolvimento de eólicas offshore, podendo se tornar um novo e importante mercado para a tecnologia de geração de energia.

“Vemos uma grande oportunidade para aproveitar a energia eólica oceânica do Brasil, trazendo investimentos econômicos e empregos verdes para o país”, disse o CEO da Corio Generation, Jonathan Cole, em nota.

A empresa não divulgou projeções do investimento.

A companhia citou ainda outros fatores importantes para o desenvolvimento desse mercado no Brasil, como o aumento da demanda de eletricidade em áreas costeiras densamente povoadas e o recente decreto do governo para regulamentar a modalidade offshore, que ainda não tem geração no país.

O Brasil estuda como viabilizar seus primeiros projetos eólicos no mar, cujos custos ainda não são competitivos frente a outras fontes renováveis, como solar e eólica onshore.

Segundo o Plano Nacional de Energia 2050, elaborado pela Empresa de Pesquisa Energética (EPE), a geração eólica offshore pode chegar a 16 GW até 2050, caso haja uma redução de 20% no Capex (despesa com investimento) dessa fonte.

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