Internacional

Coreia do Sul e Japão prometem virar página da história e trabalhar juntos pela segurança regional

16 mar 2023, 20:32 - atualizado em 16 mar 2023, 20:32
Coreia do Sul e Japão
Washington saudou a cúpula, chamando o Japão e a Coreia do Sul de “aliados indispensáveis” (Imagem: Japan’s Cabinet Public Relations Office/Kyodo via REUTERS)

Os líderes do Japão e da Coreia do Sul prometeram virar a página após anos de animosidade em uma reunião nesta quinta-feira, deixando de lado sua difícil história compartilhada e prometendo trabalhar juntos para enfrentar os desafios de segurança regional.

A cúpula entre o sul-coreano Yoon Suk Yeol e o japonês Fumio Kishida em Tóquio – a primeira visita ao Japão de um presidente sul-coreano em 12 anos – destacou como os dois aliados dos EUA se aproximaram devido aos frequentes lançamentos de mísseis da Coréia do Norte e à crescente preocupação com o papel mais musculoso da China no cenário internacional.

A urgência da situação de segurança regional – e a ameaça representada pela Coreia do Norte – foram ressaltadas horas antes da chegada de Yoon, quando a Coreia do Norte disparou um míssil balístico intercontinental que caiu no mar entre a península coreana e o Japão.

Washington saudou a cúpula, chamando o Japão e a Coreia do Sul de “aliados indispensáveis”.

“Laços aprimorados entre Seul e Tóquio nos ajudarão a abraçar oportunidades trilaterais para promover nossas prioridades regionais e internacionais comuns, incluindo nossa visão de uma região Indo-Pacífica livre e aberta”, disse um porta-voz do Departamento de Estado norte-americano. “Aplaudimos o primeiro-ministro Kishida e o presidente Yoon por darem este passo positivo adiante.”

As tensões Seul-Tóquio há muito minam os esforços liderados pelos EUA para apresentar uma frente unida contra a China e a Coreia do Norte.

“O fato de o presidente Yoon ter visitado o Japão e os dois países terem realizado uma reunião bilateral – e não à margem de um fórum internacional – deve ser elogiado como um possível ponto de virada”, disse Hideki Okuzono, professor de relações internacionais da Universidade de Shizuoka.

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