Coreia do Sul e EUA estabelecem nova colaboração para deter ameaça nuclear norte-coreana
O presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, e o líder sul-coreano, Yoon Suk-yeol, devem fechar um acordo nesta quarta-feira para aprofundar a colaboração destinada a deter a escalada nuclear da Coreia do Norte em meio à crescente ansiedade sobre seu arsenal de mísseis e bombas, disseram autoridades dos EUA.
Além da pompa que a Casa Branca programou, os dois aliados estão usando a primeira visita oficial de um líder sul-coreano em mais de uma década para enviar um alerta ao líder norte-coreano, Kim Jong Un.
Espera-se que os dois cheguem a um acordo sobre uma nova “Declaração de Washington” que, segundo autoridades dos EUA, dará à Coreia do Sul informações detalhadas e uma voz no planejamento de contingência dos EUA para impedir e responder a qualquer incidente nuclear na região por meio de um Grupo Consultivo Nuclear EUA-Coreia do Sul.
- Entre para o Telegram do Money Times! Acesse as notícias que enriquecem seu dia em tempo real, do mercado econômico e de investimentos aos temas relevantes do Brasil e do mundo. Clique aqui e faça parte!
Embora os aliados afirmem que a diplomacia com a Coreia do Norte é a melhor solução, Washington vai anunciar o envio de tecnologia militar imponente, incluindo um submarino com mísseis balísticos na Coreia do Sul em uma demonstração de força, disseram autoridades graduadas do governo dos EUA a repórteres. Será a primeira visita submarina do tipo desde a década de 1980, segundo as fontes.
As autoridades enfatizaram que nenhuma arma nuclear dos EUA será devolvida à península, e a Coreia do Sul continuará sem controle sobre o arsenal nuclear dos EUA.
A Coreia do Sul também reafirmará seu compromisso com o tratado de não proliferação nuclear e seu status de não-nuclear, disseram elas.
“Isso segue o modelo do que fizemos com os aliados europeus durante o auge da Guerra Fria em períodos semelhantes de potencial ameaça externa”, afirmou uma autoridade do governo Biden.
Os Estados Unidos estão informando a China com antecedência sobre as etapas, disseram as autoridades, uma medida que acena para o desejo de aliviar o relacionamento tenso na região.
A viagem de seis dias de Yoon ocorre quando Washington e Seul marcam uma aliança de 70 anos.
Na terça-feira, Yoon e sua esposa, Kim Keon Hee, se juntaram à vice-presidente Kamala Harris para uma visita ao Goddard Space Flight Center da Nasa, perto de Washington, para discutir a cooperação em questões espaciais. Mais tarde, ele visitou o Memorial da Guerra da Coreia com Biden, marcando o conflito mortal de 1950-53 que ecoa até os dias atuais.