Coreia do Norte dispara mais mísseis e rejeita diálogo com Seul
A Coreia do Norte lançou nesta sexta-feira (16) dois mísseis a partir de sua costa oriental, de acordo com autoridades militares da Coreia do Sul. Este é o sexto teste do país com este tipo de projétil, de curto alcance, desde 25 de julho, quando Pyongyang reiniciou testes de foguetes visando pressionar a Coreia do Sul e os Estados Unidos (EUA) a suspenderem os exercícios militares conjuntos.
De acordo com Seul, os projéteis foram disparados perto da cidade de Tongchon, na província de Kangwon, e caíram no Mar Oriental, também chamado de Mar do Japão. Militares de Coreia do Sul e EUA “estão monitorando a situação para o caso de lançamentos adicionais”, informou o órgão em comunicado.
O lançamento desta sexta-feira ocorre seis dias depois do último teste deste tipo realizado pela Coreia do Norte, que supostamente disparou dois mísseis balísticos de curto alcance também no Mar do Japão.
O teste transcorreu no mesmo dia em que a imprensa estatal norte-coreana divulgou um comunicado do Comitê para a Reunificação do Pacífico, criticando a Coreia do Sul e suas manobras militares conjuntas com os americanos, assim como declarações feitas pelo presidente sul-coreano, Moon Jae-in, na quinta-feira. Em discurso por ocasião do aniversário da libertação da Coreia da ocupação japonesa, Moon Jae-in afirmou que seu objetivo é “alcançar a paz e a unificação até 2045”, embora seu mandato termine em 2022.
A Coreia do Norte responsabilizou Seul pelo atual congelamento das negociações binacionais, afirmando que as suspenderia. “Não temos nada mais a falar com as autoridades sul-coreanas, nem temos intenção de voltar a conversar com elas”, anuncia o comunicado, reproduzido pela agência oficial KCNA.
O comitê do regime de Pyongyang acrescenta que tanto as manobras como a decisão de Seul de reforçar seus radares e interceptadores antimísseis estão destinados a “destruí-la”. A Coreia do Norte já ameaçou diversas vezes buscar “um novo caminho” alternativo à mediação de Seul, caso o governo sul-coreano mantenha as atividades com os EUA, consideradas uma ameaça.