Copom vai endurecer o tom, avalia Goldman Sachs
O resultado da inflação comportada em abril deve abrir caminho para que o Banco Central de fato cumpra a sua promessa de cortar o juro pela última vez. Ilan Goldfajn irá provavelmente fechar a conta após uma sequência de reduções que trouxe a Selic de 14,25% para os 6,5% atuais e prováveis 6,25% na próxima reunião em 15 e 16 de maio. A alta de 7% do dólar em 2018, contudo, pode dar um tom mais duro para a decisão do BC.
“A inflação benigna e menor do que o esperado entre janeiro e abril, a queda das expectativas inflacionárias em 2018-19 e a desaceleração da dinâmica real da economia (mais fraca do que a esperada no primeiro trimestre) encorajarão o Copom a honrar sua promessa e reduzir a taxa Selic pela última vez na próxima semana: por 25 pontos-base para um novo recorde de baixa 6,25%”, avalia o economista-chefe para América Latina do Goldman Sachs, Alberto Ramos.
No entanto, destaca o Goldman Sachs, a recente pressão sobre o Real e os mercados financeiros globais instáveis provavelmente levarão o Copom a endurecer a linguagem e sugerir que o longo ciclo de flexibilização já tenha terminado (ou seja, sem cortes adicionais no horizonte previsível).