Economia

Copom vai elevar alta da Selic para 0,50 p.p. na reunião desta semana? Itaú crê que sim

03 nov 2024, 15:40 - atualizado em 03 nov 2024, 15:40
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(Imagem: Divulgação/Banco Central)

O Itaú — assim como parte do mercado — espera que o Comitê de Política Monetária (Copom) acelere o ritmo de aperto da Selic para 0,50 ponto percentual (p.p.) na próxima reunião, levando a taxa para o patamar de 11,25% ao ano. Os diretores do Banco Central já se reúnem nos dias 5 e 6 de novembro.

O Copom deu início ao ciclo de ajustes nos juros no encontro de setembro, com uma alta de 0,25 p.p.

Em relatório assinado pelo economista-chefe, Mario Mesquita, o banco diz que o cenário “ainda desafiador” deve justificar tal decisão. Entre os pontos de cautela, eles citam a taxa de câmbio em nível mais depreciado, o mercado de trabalho apertado, e os núcleos e as expectativas de inflação acima da meta.

“A avaliação de um balanço de riscos assimétrico para cima também deve ser mantida”, afirmam.

Para as próximas reuniões, em um contexto de volatilidade elevada, o Itaú espera que as autoridades mantenham o ritmo dos eventuais ajustes e a magnitude total do ciclo em aberto. Eles devem enfatizar, no entanto, o compromisso no processo de convergência da inflação à meta.

Para o restante do ano, a equipe do banco alerta quanto à trajetória esperada para o câmbio em meio à reprecificação dos juros e eleições nos Estados Unidos, além de ruídos associados à política fiscal no âmbito doméstico.

Os dados desde o último Copom

A equipe do Itaú lembra que, em linhas gerais, o dado mais recente de inflação — o IPCA-15 de outubro — veio com uma composição menos benigna, com aceleração dos núcleos de serviços e industriais subjacentes.

A prévia da inflação do mês passado subiu 0,54%. O número indicou uma aceleração em relação à alta de 0,13% apurada em setembro e um resultado acima das expectativas do mercado de 0,51%.

Em relação à atividade econômica, o mercado de trabalho mostrou sinais de aquecimento, com uma taxa de desemprego menor do que o esperado em setembro, de 6,4%, e expansão da massa salarial real. Além disso, a criação de empregos formais também surpreendeu positivamente — 247 mil em setembro.

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