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Copom no radar: O que mexe com o Tesouro Direto e a renda fixa nesta semana?

17 jun 2024, 9:06 - atualizado em 17 jun 2024, 9:06
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Dados econômicos mexem com a semana enquanto mercado aguarda por decisão do Copom. (Imagem: inkdrop/ Canva Pro)

A semana passada foi intensa para os mercados, incluindo a renda fixa, com dados de inflação acima das expectativas, piora na percepção fiscal e ainda a manutenção da taxa de juros no Estados Unidos. Com isso, os juros futuros por aqui encerraram com movimentos mistos pela curva.

Entre os títulos do Tesouro, os atrelados ao IPCA com vencimentos mais longos  apresentavam uma variação semanal negativa, enquanto o de vencimento mais curto, em 2026, os títulos prefixados e os pós fixados tinham uma valorização no período.

Durante o período, o time de renda fixa da XP Investimentos também destaca a atuação dos títulos soberanos dos Estados Unidos, que seguiram na direção contrária.

Os Treasurys recuaram após a divulgação dos dados de inflação ao consumidor (CPI) e inflação ao produtor (PPI) abaixo das expectativas do mercado. Além disso, o discurso de Jerome Powell, presidente do Federal Reserve, considerado menos restritivo que o esperado pelos investidores, aliviou as taxa dos títulos da dívida do tesouro americano.

Sendo assim, o T-Note de 2 anos fechou em 4,67%, enquanto o de 10 anos encerrou em 4,20%, reduzindo 23bps na comparação semanal.

Debêntures estáveis

Enquanto isso, no mercado secundário de crédito privado brasileiro, os spreads das debêntures indexadas ao CDI terminaram a semana em estabilidade. O índice IDEX-DI fechou em 1,96%, mesmo patamar da última semana.

Por outro lado, os prêmios das debêntures isentas foi na direção oposta e abriram novamente, ainda de acordo com a XP.

O fluxo médio diário de negociações em debêntures não incentivadas foi de R$ 938 milhões, sendo R$ 534 milhões em debêntures incentivadas, R$ 191 milhões em CRIs e R$ 596 milhões em CRAs.

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O que mexe com a renda fixa e o Tesouro Direto nesta semana?

Para começar, nesta segunda-feira (10) recebemos as novas projeções do Relatório Focus que, novamente, indicaram uma alta na Selic e na inflação.

Mas o grande destaque da semana é a reunião do Comitê de Política Monetária (Copom), que acontece amanhã (18) e quarta-feira (19), quando sai a decisão sobre a taxa básica de juros (Selic).

As apostas majoritárias são uma pausa no afrouxamento monetário pelo Banco Central. Mas uma pequena parcela do mercado ainda acredita em mais um corte de 0,25 ponto percentual nos juros.

Na agenda internacional, os investidores se preparam para uma semana mais calma, até então. O feriado de “Juneteenth” nos Estados Unidos, vem aí. Apesar da calmaria, dados de Produção Industrial, Vendas no Varejo, PMI e outros dados referentes ao mercado de trabalho são destaque.

  • IPCA sobe acima do esperado pelo mercado: Quais são os desafios para a inflação agora? Oestes Costa, da O2 Capital, comenta as perspectivas para a economia brasileira em participação inédita no Giro do Mercado desta terça-feira (11):

*Com Vitória Pitanga