Copom, Fed, balanços e outros assuntos quentes para esta semana no Brasil
O mercado projeta alta da Selic para 12,75% nesta quarta-feira (4) e vai avaliar se o Copom encerra o aperto monetário ou deixa porta aberta a uma elevação adicional da taxa.
O Fed também dele elevar os juros e sinalização do presidente Jerome Powell sobre o ritmo do ajuste deve movimentar os ativos.
Agenda pesada inclui ainda Focus e IBC-Br no Brasil, payroll nos EUA, decisão do Banco da Inglaterra e PMI na China. Petrobras (PETR4) e Bradesco (BBDC4) divulgarão balanços.
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Fim de ciclo ou porta aberta?
O mercado reduziu levemente as apostas em altas adicionais da Selic após os resultados de inflação abaixo do previsto na semana que passou, mas a curva de juros continua indicando a possibilidade de o aperto ir além de maio.
A precificação dos DIs aponta alta de 1pp na próxima semana, como antecipado pelo BC, e aumentos de 45 pontos em junho e 14 pontos em agosto.
Apesar da percepção de que o ciclo de aperto se aproxima do fim, analistas não descartam que o Copom mantenha a porta aperta para uma alta mais prolongada da taxa básica à medida em que a inflação segue em nível incompatível com a meta.
Focus e IBC-Br
Última pesquisa Focus antes do Copom sai na segunda-feira com o mercado aberto, às 10:00, após a sondagem da semana passada mostrar uma piora de expectativas inflacionárias menor do que o esperado.
Após indicadores fiscais e de emprego recentes melhores que o previsto, o BC divulga no dia 2 o IBC-Br de fevereiro, que também sofreu atraso com a greve dos servidores. Estimativa é de uma alta mensal de 0,4%, após queda de 0,99% em janeiro.
A semana ainda terá o resultado primário consolidado, produção e balança comercial. O IGP-DI de abril também está no radar, mas sairá dois dias após o Copom.
Fomc e BoE
Assim como o BC brasileiro, nos EUA o Fed também anuncia sua decisão em 4 de maio. Powell, que falará após a decisão, deve diminuir o ritmo do aperto monetário após choques de juros de meio ponto percentual na próxima semana e em junho, segundo economistas consultados pela Bloomberg.
Perspectiva sobre os juros globais ainda deve ser influenciada pela decisão do BoE, na quinta-feira, mas a taxas também devem reagir a uma agenda pesada de dados.
Destaques são o payroll americano de abril, que fechará a semana na sexta, com estimativa de criação de vagas pouco menor do que em março.
A China, onde o governo promete medidas para proteger a economia dos efeitos da Covid, divulgará PMIs na noite de hoje e no dia 4, com expectativa de números abaixo de 50, o que sinaliza contração da atividade.
Cenário eleitoral
O mercado segue atento às pesquisas eleitorais, que mostraram nas últimas semanas um estreitamento da vantagem do ex-presidente Lula sobre Bolsonaro após o ex-ministro Sergio Moro se afastar da disputa.
Pesquisa divulgada pelo Poder360 nesta sexta-feira indicou que o petista tem 41% no 1º turno contra 36% do atual presidente. A diferença de 5 pontos entre as intenções de voto de ambos é a mesma registrada 15 dias antes.
Petrobras e Ambev
A temporada de balanços do 1º trimestre ganha força com números da Petrobras e Bradesco no dia 5.
Outras grandes empresas que divulgarão resultados nos próximos dias incluem Ambev (ABEV3), CSN (CSNA3), BRF (BRFS3), Carrefour (CRFB3) e Natura (NTCO3).
O conselho da Anatel se reúne na quinta-feira e pode retomar a análise da venda da unidade de fibra óptica da Oi para fundos do BTG, interrompida em abril por um pedido de vistas. Em 2 de maio, entra em vigor a nova carteira teórica do Ibovespa.
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