Coluna da Fernanda Mansano

Copom e Federal Reserve juntos mais uma vez: O que esperar para a Super Quarta

02 maio 2022, 14:54 - atualizado em 02 maio 2022, 14:54
Prédio do Federal Reserve Super Quarta
Centro do mundo: tamanho da alta dos juros dos EUA pelo Fed, na Super Quarta, afetará economia global (Imagem: REUTERS/Kevin Lamarque)

A semana começa com as expectativas de uma das decisões mais importantes para a política monetária, a decisão dos juros dos Fed Funds para a economia americana. Além disso, teremos a decisão de juros para a economia brasileira, que diferentemente da política monetária dos EUA, pode começar com o tom do fim de ciclo do aperto monetário.

Ainda na semana, os investidores deverão estar atentos à divulgação do Payroll, o principal dado do mercado de trabalho americano, na sexta-feira (6). As informações de abril deverão mostrar a sustentabilidade de melhora da taxa de emprego a qual poderá afetar na expectativa de um tom mais duro na subida dos juros americanos na reunião de junho, ou seja, uma alta de 0,75 ponto percentual, já que, com o duplo mandato do Fed, Federal Reserve, inflação e desemprego são os pontos chave para a condução da política monetária.

Para a economia americana, após os dados de inflação assim como de atividade divulgados recentemente, as últimas sinalizações do presidente do Fed, Jerome Powell, são de combater a inflação, essa que atinge 8,5% no acumulado de doze meses, com um tom mais duro para o aperto monetário, em que deveremos esperar na quarta-feira uma alta de 0,50 ponto percentual.

Selic e os riscos geopolíticos

Para a política monetária brasileira, se espera uma alta de 1 ponto percentual na taxa básica, a Selic, chegando a 12,75% ao ano. As preocupações com a inflação seguem no radar e, visando os efeitos do atual patamar de juros na inflação prospectiva, o Comitê de Política Monetária, o Copom, trará os riscos geopolíticos nas cadeias de produção assim como o aumento de juros nas economias desenvolvidas, estes que impactarão no diferencial de juros.

Por fim, a semana promete elevar a volatilidade no mercado frente ao atual cenário macroeconômico que clama por aumento dos juros para combater os riscos inflacionários, ainda que, o sensível desenrolar geopolítico, da guerra entre Rússia e Ucrânia assim como os efeitos do lockdown chinês, ainda podem trazer surpresas para as expectativas de investimentos.

Fernanda Mansano é mestre em economia com experiência de mais de 10 anos no mercado financeiro, passando por instituições financeiras e a bolsa de valores brasileira. Atualmente é economista-chefe na Empiricus.

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