Copom bateu o martelo? Campos Neto afirma que 0,50 p.p é apropriado para as próximas reuniões
O presidente do Banco Central, Roberto Campos Neto, disse que, com o cenário atual no Brasil, o corte de 0,50 ponto percentual segue apropriado para as próximas reuniões do Comitê de Politica Monetária, mesmo com a expectativa da inflação apresentando leve melhora.
Atualmente, a taxa Selic no Brasil está em 12,25%, após redução de 0,50 ponto percentual na última reunião.
“Com as variáveis que temos na mão hoje, a gente entende que o ritmo de 0,50 ponto é apropriado. A gente pretende continuar com esse ritmo nas próximas reuniões”, declarou Campos Neto.
A fala veio durante a sua participação no Almoço Anual de Dirigentes de Bancos realizado pela Febraban nesta sexta-feira (1º).
Em outras oportunidades, o presidente deixou claro que a previsibilidade para reuniões mais adiante é difícil e que prejudicaria a credibilidade do BC caso voltassem atrás, por isso é mais seguro dizer sobre as duas próximas reuniões.
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Crescimento do Brasil
O presidente do BC também admitiu que a autarquia errou nas projeções de crescimento para o Brasil e tem percebido análises otimistas sobre esta pauta. A melhora no crescimento estrutural do país é creditado por Campos Neto pelas sucessivas reformas que têm sido feitas nos últimos anos que impactam a atividade econômica do país.
“A gente começa a ver alguns economistas falando em mudança no crescimento estrutural. E a gente consegue ver alguns exemplos anedóticos disso”, disse durante sua participação.
Com uma certa freada na inflação, Campos Neto aponta que tudo leva a crer que o PIB possa ter um avanço. Ou seja, há uma tendência de que o Brasil possa avançar com menos altas de preços.
Autonomia do Banco Central
Durante o Almoço Anual de Dirigentes de Bancos, o presidente do BC ainda citou a importância da conquista da autonomia do Banco Central que aconteceu durante o ano de 2020, enquanto enfrentavam a pandemia de Covid-19.
Campos Neto relembrou o embate com o atual governo durante o ano sobre os cortes nas taxas de juros, mas apontou ser um ruído natural. “Entrou um governo que estava acostumado com o Banco Central funcionando de um jeito e agora está de outro”, explicou.