Copom, Arezzo (ARZZ3), Soma (SOMA3) e mais: 5 coisas para saber antes de investir no Ibovespa nesta quinta (1)
O Ibovespa (IBOV) abriu o pregão desta quinta-feira (1) em leve alta de 0,12%, a 127.906 pontos. Na véspera, o índice conseguiu se desviar do caminho de forte baixa dos índices americanos e avançou 0,28%, a 127.752,28 pontos. Para hoje, o mercado deve repercutir a decisão do Copom.
O dólar subia em relação ao real nos primeiros negócios do dia, com investidores repercutindo as decisões de política monetária da véspera de Brasil e Estados Unidos, enquanto aguardavam um importante relatório de emprego norte-americano.
Day Trade:
- BB Seguridade (BBSE3), Cielo (CIEL3) e mais 4 ações para comprar hoje (1º) e buscar até 3,8%
- CVC (CVCB3), Prio (PRIO3) e outras ações para vender no 1º pregão de fevereiro e buscar até 3,8%
Radar do Mercado:
5 assuntos que vão mexer com o Ibovespa nesta quinta (1)
3R Petroleum (RRRP3) contrata Itaú BBA para avaliar fusão com PetroReconcavo (RECV3)
A 3R Petroleum (RRRP3) informou ao mercado nesta quinta-feira (1) a contratação do Itaú BBA como assessor financeiro da companhia, para avaliar a proposta feita pela Maha Energy envolvendo a PetroReconcavo (RECV3).
Apesar de a petrolífera não ter citado o nome da Petroreconcavo ou da Maha no comunicado ao mercado, afirmou que a contratação tem o objetivo de “suportar a administração na avaliação da potencial transação sugerida em carta enviada em 17 de janeiro ao conselho de administração”.
Nesta data, A Maha Energy, acionista relevante da 3R Petroleum, propôs a união dos ativos das companhias. A Maha é listada na Bolsa de Estocolmo e possui a Starboard como maior acionista.
Arezzo (ARZZ3) e Grupo Soma (SOMA3) confirmam potencial fusão
A Arezzo (ARZZ3) e o Grupo Soma (SOMA3) confirmaram que há conversas em andamento a respeito de uma possível fusão, de acordo com fatos relevantes divulgados nesta quarta-feira (31).
Segundo as companhias, trata-se de uma potencial junção de suas operações e bases acionárias, envolvendo as ações e a governança compartilhada do negócio combinado.
Alexandre Birman, atual CEO da Arezzo, será o CEO da companhia combinada. Já Roberto Jatahy, atual CEO da Soma, seguirá a frente do comando das marcas sob gestão da Soma, como CEO da business unit de vestuário feminino.
As companhias esclarecem, no entanto, que, até o momento, não há qualquer documento vinculante celebrado sobre a realização da possível operação. Além disso, não há qualquer garantia da implementação do negócio.
Na avaliação do analista da Mateus Haag, da Guide Investimentos, as sinergias da fusão poderiam chegar a R$ 4,5bi, sendo divididas em:
- (i) R$1,5 bi na expansão da categoria de calçados e acessórios de Soma;
- (ii) R$ 1,2 bi em SG&A;
- (iii) R$ 700 mi em gestão do canal de franquias;
- (iv) R$ 500 mi em redução de CMV com a redução do outsourcing dos produtos de Reserva; e
- (v) R$ 400 mi em cross-selling.
“Dito isso, esperamos que o mercado precifique, sobretudo, as sinergias relacionadas a custos e SG&A, demonstrando uma visão mais cética em relação às sinergias de receita”, avalia.
O dia pós-Copom
Ontem ocorreu a primeira Super Quarta de 2024, em que o Comitê Federal de Mercado Aberto (Fomc, na sigla em inglês) decidiu manter os juros dos Estados Unidos inalterados, na faixa de 5,25-5,50%, enquanto o Comitê de Política Monetária (Copom) reduziu mais uma vez a Selic em 0,50 ponto percentual (p.p.).
Em relação a Selic, o analista da Empiricus Research, Matheus Spiess, destaca que o comunicado permaneceu inalterado em relação às diretrizes futuras, sinalizando a intenção de realizar pelo menos mais dois cortes iguais aos já realizados, o que potencialmente reduziria a taxa de juros para 10,25% até maio.
“Embora existam riscos no horizonte, como a possibilidade de uma pausa no processo de desinflação, desafios fiscais e tensões geopolíticas, a direção atual parece bastante definida. Dada a ausência de surpresas nessa última ação, espera-se que o mercado responda de forma neutra, especialmente após um janeiro desafiador para os ativos de risco locais”, avalia.
- As melhores e as piores ações de janeiro: Analistas comentam o que motivou o desempenho positivo (ou negativo) dos papéis, e ainda revelam suas recomendações para fevereiro. Confira no Giro do Mercado clicando abaixo:
Governo quebra a cabeça com drible fiscal
O governo federal está com o orçamento limitado para este ano, enquanto o Ministério da Fazenda pensa em um plano para cumprir a meta fiscal de zerar o déficit.
Por isso, o vice-líder do governo na Câmara, o deputado Pedro Paulo, deve apresentar um projeto de lei ou uma emenda de um mecanismo que permita bloquear menos recursos do Orçamento.
Pelo texto do arcabouço fiscal, o contingenciamento neste ano poderia chegar a R$ 55 bilhões. No entanto, pelos cálculos da equipe econômica, o valor máximo seria de R$ 23 bilhões. Isso porque o arcabouço também determina que o crescimento das despesas deve ser de 0,6% acima da inflação.
Para evitar problemas com a Lei de Responsabilidade Fiscal, o governo já teria pedido um posicionamento ao Tribunal de Contas da União (TCU), para evitar futuras punições.
Além disso, a ala política tenta convencer o presidente Luiz Inácio Lula da Silva a mudar a mata fiscal de déficit zero de 2024, para evitar que o contingenciamento afetasse os investimentos do Programa de Aceleração do Crescimento (PAC).
Petrobras (PETR4) discute com governo e cias aéreas sobre preços do querosene de aviação
A Petrobras (PETR3; PETR4) vai se reunir nesta quinta-feira (1º) com representantes do governo federal e de companhias aéreas para discutir eventuais alterações nas condições do querosene de aviação (QAV) para o setor.
“Não obstante, considerando que a participação da Petrobras nas reuniões mencionadas faz parte das atividades rotineiras da companhia e que não houve qualquer decisão com relação ao preço do QAV ou no modelo contratual de fornecimento para as distribuidoras, não há qualquer fato relevante a ser divulgado com relação ao tema”, afirmou a estatal.
As discussões ocorrem em um momento em que a companhia aérea Gol (GOLL4) passa por recuperação judicial nos Estados Unidos.
O analista da Guide, Mateus Haag, pontua que, atualmente, o Estatuto Social da Petrobras a protege contra a venda de combustíveis com interesses diferentes dos seus pares de mercado. Portanto, isso dificulta a venda de QAV a preços muito baixos.
“Por conta disso, espero reação neutra para Petrobras. Mercado está atento as medidas do governo para socorrer a Gol. Então, possivelmente as ações da Gol podem reagir positivamente hoje”, avalia.