Copla Soja reforça tendência de renovação dos canaviais com o grão
O peso da propagação da soja no estado de São Paulo amplia os horizontes de renovação dos canaviais. Em região onde não há participação do milho de meio de ano, a oleaginosa entra depois da cana.
É a rotação de culturas, com o produtor aproveitando a melhor remuneração da matéria-prima para açúcar e etanol, ao mesmo tempo em que aproveita a rentabilidade da soja, cujo vigor vai servir de estímulo durante o Copla Soja, em Jaú. Rentabilidade e melhoria da produtividade, com a soja deixando o solo melhor preparado (fixação do nitrogênio e outros) para a cana nova.
Na quarta ou quinta maior região produtora de cana de São Paulo, que atingiu cerca de 20 milhões de toneladas na última safra, o evento do dia 5 de março reúne a expertise da Coplacana, da Associcana e de fornecedores dos dois setores.
Na Coplana, cooperativa com sede em Piracicaba, Money Times mostrou recentemente o aumento da sua originação de grãos, entrando inclusive em regiões de outras cooperativas mais tradicionais. E destacando o aumento da renovação dos canaviais em parelelo.
E Denilson Vitti, agrônomo-chefe da Associcana confirma o mesmo na região que abrange 40 mil hectares em 17 municípios. Destes, a renovação atual, na soja plantada em outubro/novembro e está para ser colhida agora em março, chegou a 13% aproximadamente.
“Temos vistos possibilidades de a renovação superar os 15%”, conta Vitti, lembrando que em poucos anos a soja saiu de 2 a 3 mil hectares e atualmente ronda os 15 mil, segundo informações que a Associcana coleta entre os associados.
No Copla Cana, por exemplo, variedades de soja melhores adaptadas à região, além de outros insumos importantes para a cultura, ficarão à mostra na fazenda experimental da Associcana (Rodovia Jaú-Bauru km 187).