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Copel tem espaço para massiva distribuição de dividendos, aponta Itaú BBA

18 ago 2021, 17:42 - atualizado em 18 ago 2021, 19:53
Copel
“Vemos espaço para a Copel pagar dividend yield de mais de 15%”, aponta o BBA (Imagem: Divulgação/Copel)

A Copel (CPLE6) está muito próxima de atingir metas de alavancagem que podem elevar o pagamento de dividendos, aponta o Itaú BBA em relatório enviado a clientes e obtido pelo Money Times.

De acordo com a política de dividendos da estatal, a distribuição depende da alavancagem da empresa e da geração de caixa disponível: se estiver abaixo de 1,5x o Ebitda (lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortização), a distribuição será de 65% do lucro; se estiver entre 1,5x e 2,7x, permanece em 50%.

Em junho, a alavancagem ficou em 1,6x. No entanto, considerando que a empresa ainda vai receber R$ 1,4 bilhão do pagamento da CRC e R$ 2,5 bilhões da venda do negócio de telecomunicações, a alavancagem deve cair abaixo de 1,5x o Ebitda, aponta.

“O lucro líquido provavelmente será muito alto devido aos notáveis ​​resultados recorrentes, além de itens positivos não recorrentes, como a liquidação do GSF (ganho de R$ 1,4 bilhão) e a venda do negócio de telecomunicações (R$ 1,2 bilhão). Vemos espaço para a Copel pagar dividend yield de mais de 15%”, conclui.

Mais um grande trimestre

Segundo o BBA, a estatal teve mais um ótimo trimestre, com Ebitda recorrente 37% superior a 2020.

O lucro líquido foi de R$ 1 bilhão e superou as estimativas de R$ 603,2 milhões da XP e do consenso da Bloomberg de R$ 862 milhões.

O resultado reflete a combinação de:

  • um crescimento de 10% na receita de “fornecimento de energia elétrica” em razão, sobretudo, do maior volume de energia vendida para consumidores livres da Copel Mercado Livre, parcialmente compensado por um aumento no custo da “energia elétrica comprada para revenda”;
  • crescimento de 126,2% na linha encargos de uso da rede elétrica;

“Vemos o resultado da Copel no segundo trimestre como positivo, visto que o Ebitda Ajustado do período veio acima das nossas expectativas”, afirma.

A Copel ainda viu aumento da receita de disponibilidade da rede elétrica (TUSD/TUST), com o crescimento de 12,2% do mercado fio da distribuidora e do aumento na remuneração sobre ativos de transmissão decorrente da maior inflação e da revisão tarifária periódica aplicada aos contratos de transmissão.

“Esses eventos foram parcialmente compensados pelo aumento no custo com energia elétrica comprada para revenda em função da piora no cenário hidrológico no mês de junho e do aumento do PLD (sul) médio no 2T21 (233,36 reais ante 75,47 reais no 2T20)”, disse a empresa.

De acordo com o Bank of America, a ação da empresa reúne avaliação atrativa (taxa interna de retorno real de 12%), impulso dos ganhos e rendimentos atraentes.

O maior risco, porém, é a estatal segurar os dividendos, caso a Copel busque oportunidades significativas de crescimento no curto prazo.

Já o Safra afirma que outras empresas do setor elétrico têm melhores riscos e retornos. 

“Acreditamos que os preços atuais descontam de forma justa as iniciativas de redução de custos e ganhos de eficiência. Os investidores devem estar atentos aos eventos relacionados à venda da Compagas e Foz do Areia”, diz.

Veja as recomendações:

Corretora Recomendação Preço-alvo
Itaú BBA Compra R$ 7,4
XP Compra R$ 7,5
BofA Compra
Ativa Neutro R$ 8
Safra Neutro R$ 6,7

 

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