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Copel opera em alta com sinalização e privatização de usina Foz do Areia

05 dez 2019, 16:57 - atualizado em 05 dez 2019, 16:57
A alternativa seria uma forma de a Copel garantir que continuará com a hidrelétrica, mesmo com participação minoritária (Imagem: Gustavo Kahil/Money Times)

Por Investing.com. Na tarde desta quinta-feira as ações da Copel (CPLE3) são negociadas com valorização, com o mercado reagindo à notícia de que a estatal paranaense estuda a eventual venda do controle de sua usina Foz do Areia, após o governo Bolsonaro ter publicado recentemente decreto que visa facilitar a privatização de ativos estaduais de geração.

As declarações foram dadas à Reuters pelo diretor financeiro da elétrica, Adriano Rudek de Moura.

Dentro desse contexto, o ativo opera com ganhos de 0,42% a R$ 66,50.

Essa alternativa seria uma forma de a Copel garantir que continuará com a hidrelétrica, mesmo com participação minoritária, uma vez que se aproxima o fim do contrato de concessão da maior usina da empresa, em 2023.

Pela medida presidencial, empresas federais, estaduais e municipais podem fechar antecipadamente a renovação por 30 anos de concessões de geração de energia que passem por processo de desestatização, inclusive com possibilidade de manutenção de uma fatia minoritária nos empreendimentos, caso desejem.

Copel
Pelos prazos definidos no decreto, a Copel precisará comunicar ao governo sua decisão por volta de março de 2020

A usina Foz do Areia, localizada no Paraná, pode ter bônus de outorga entre 3 bilhões e 3,5 bilhões de reais em troca do novo período de concessão, pela renovação antecipada, disse Moura.

Ele lembrou que, se a empresa decidir não aderir à prorrogação nos moldes do decreto, a concessão do ativo com 1,67 gigawatt em capacidade será relicitada ao final do atual contrato.

“Estamos fazendo um estudo, porque o plano até então era participar do leilão (em 2023). Mas creio que a tendência de ir com parceiros e fazer a privatização parece mais lógica, mais segura, melhor para a companhia”, disse o executivo, projetando que a empresa poderia ficar com até cerca de 49,9% do ativo.

“Nós conseguiríamos, sem dúvida, participar do leilão sozinhos… mas é uma decisão difícil, ao ir sozinho você corre o risco de perder tudo. A decisão vai ser do conselho e ratificada em assembleia (de acionistas)”, acrescentou Moura.

Pelos prazos definidos no decreto, a Copel precisará comunicar ao governo sua decisão por volta de março de 2020. A privatização, então, precisaria ocorrer até meados de 2022.

Os valores que serão cobrados pela renovação da concessão ainda não foram definidos pelo governo federal, e deverão ser estipulados pelos ministérios de Minas e Energia e da Economia.

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