Comprar ou vender?

Copel: nova onda de aumento de concessões pode adicionar R$ 0,60 a ação

29 set 2021, 13:30 - atualizado em 29 set 2021, 14:10
Copel
Os especialistas mantiveram a recomendação de compra com um potencial de alta de 8% para o papel (Money Times/ Gustavo Kahil)

A Copel (CPLE6) afirmou, na noite anterior (28), que tem interesse em aceitar a proposta da Aneel de repactuar o risco hidrológico em troca da concessão de 14 usinas hidrelétricas por 2 anos e 6 meses.

A notícia agradou a XP Investimentos, a qual calculou que a ação pode ganhar R$ 0,60. A informação foi divulgada pela corretora em relatório enviado ao clientes e obtido pelo Money Times nesta quarta-feira (29).

Segundo os analistas, a discussão sobre a repactuação do risco hidrológico teve início em 2015, quando o governo passou a impedir que as hidrelétricas vendessem energia, com a pretensão de poupar seus reservatórios devido à crise hídrica.

“O despacho de energia de Usinas Termelétricas gerou o aumento no custo da energia, criando uma dívida que seria, posteriormente, rateada entre o mercado de energia – geradoras, transmissoras e consumidores”, afirmaram Maíra Maldonado, Hebert Suede e Victor Burke ao assinar o relatório da XP Investimentos.

Em agosto desse ano, a Aneel homologou uma medida compensatória para que alguns desses complexos hidrelétricos afetados tenham o direito de prorrogar a concessão à medida que abrem mão da judicialização.

“Vemos a notícia como positiva, pois como não há outorga associada a esta prorrogação, estimamos um aumento de R$ 1,6 bilhões no valor para o acionista, o que adicionaria R$ 0,60 ação ao nosso preço-alvo”, disseram Maldonado, Suede e Burke.

Sendo assim, os especialistas mantiveram a recomendação de compra com um potencial de alta de 8% para o papel, na comparação com o fechamento desta última terça-feira (28).

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