Copel é um caminhão de dividendos pronto para acelerar
A Copel (CPLE6) tem um futuro promissor e recheado de dividendos, aponta a Easynvest em relatório enviado a clientes e obtido pelo Money Times.
A corretora possui recomendação de compra para as ações da estatal, com preço-alvo de R$ 40 por units.
Segundo o analista Murilo Breder, com 55% da dívida atrelada ao CDI (Certificado de Depósito Interbancário), a empresa se beneficia da manutenção da Selic em níveis ainda baixos.
Ele lembra ainda que, de acordo com os próprios diretores, o patamar de alavancagem ótimo para a elétrica é entre 1,5 vezes e 2,7 vezes.
“Portanto, projetando um lucro líquido de R$ 4,2 bi em 2021, um payout de 50% e o valor de mercado atual da companhia, chegamos a um retorno em dividendos de impressionantes 13,2%”, aponta.
Melhora da governança
No ano passado, a Copel detalhou seu plano de migração para o Nível 2 de governança corporativa da B3, o que, segundo Breder, deve servir como próximo gatilho de valorização dos papéis.
“No entanto, esta migração está condicionada à uma venda de ações do BNDES (Banco Nacional do Desenvolvimento Econômico e Social) e do Governo do Paraná. E para criar condições para que este estes dois grandes players pudessem fazer isso, foi preciso criar as UNITs, compostas por 1 ação ordinária e 4 ações preferenciais”, ressalta.
Além disso, a Copel aprovou o desdobramento de ações na razão de 1 para 10, facilitando a entrada de investidores pessoa física.
“Em resumo, a Copel que devemos ter em breve é uma companhia com uma liquidez ainda maior e melhor governança corporativa”, argumenta.
Quão exposta à crise hídrica está Copel?
Com a crise hídrica batendo às portas do Brasil, a principal pergunta que vem à mente dos investidores é: vale o risco de se investir em elétricas?
O Paraná é um dos 5 estados brasileiros que o governo emitiu o alerta de emergência hídrica. Além disso, 84% da capacidade instalada de Copel vem de hidrelétricas.
“Parece bastante e de fato não é desprezível já que a média das empresas de energia no Brasil é 63% segundo dados de 2019. Porém, é menos impactada do que a Eletrobras (ELET3) (90% hidrelétrica) e bem menos do que Cemig (CMIG4) (99%)”, aponta.
Ação barata
E não como bastasse tudo isso, o analista afirma que a ação está barata.
“Ao comparar os múltiplos P/VPA (Preço sobre Valor Patrimonial por Ação) de empresas semelhantes, vemos que o mercado costuma negociar em torno de 1,3 vezes, evidenciando o quanto o 0,85 vezes de Copel não parecem fazer sentido”, conclui.