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Copel (CPLE6) vende usina hidrelétrica Baixo Iguaçu por R$ 1,5 bilhão; entenda a transação

24 fev 2025, 8:33 - atualizado em 24 fev 2025, 8:33
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Copel anuncia desinvestimentos na usina hidrelétrica de Baixo Iguaçu (Imagem: Copel/Divulgação)

A Copel (CPLE6) informou ao mercado que, por meio da sua divisão Copel Geração e Transmissão (Copel GeT), exerceu direito de preferência na aquisição de 100% da Geração Céu Azul, que pertencia a Neonegia (NEOE3). O valor da transação foi de R$ 984 milhões.

A Céu Azul detém 70% do Consócio Empreendedor Baixo Iguaçu (CEBI), que explora a usina hidrelétrica Baixo Iguaçu. No início deste mês, a Neoenergia já havia anunciado a assinatura de um acordo para vender esta usina para as empresas EDF Brasil e STOA, em operação avaliada em R$ 1,4 bilhão.

A transação previa justamente a alienação de 100% das ações da Geração Céu Azul. Segundo comunicado da Neoenergia na época, a operação estava sujeita a eventual exercício do direito de preferência por parte da Copel, que detinha os 30% restantes do consórcio.

Conforme o comunicado da Copel, enviado ao mercado na sexta-feira (21), após exercer o direito de preferência, a Copel GeT vendeu para a empresa tcheca DK Holding toda a participação na Céu Azul e sua participação minoritária no CEBI, pelo montante de R$ 570 milhões.

Com isso, a DK Holding assumirá 100% do controle da usina hidrelétrica Baixo Iguaçu, em um acordo que soma R$ 1,55 bilhão.

A Copel GeT recebeu à vista um sinal equivalente a 10% do valor total, sendo que o restante deve ser quitado pela compradora até a data do fechamento, com ajustes usuais para esse tipo de operação.

O fechamento de ambas transações estão sujeitas ao cumprimento das condições típicas deste tipo de negócio.

Hora de investir em Copel?

Em relatório de 13 de fevereiro, Francisco Navarrete, do Bradesco BBI, e Ricardo França, da Ágora Investimentos, apontaram a Copel como um bom ativo para se ter em um ambiente macroeconômico em deterioração.

Isso porque veem a concessão da distribuidora no estado do Paraná (45% do valor presente líquido) é altamente resiliente, com um dos maiores PIB per capita do Brasil de R$ 42,4 mil, além de ter a segunda menor tarifa de eletricidade do país.

Somado a isso, a companhia está em uma trajetória de aumento rápido e consistente do pagamento de dividendos, na visão dos analistas.

As estimativas de dividend yield (retorno de dividendos) são de 6,8% para 2025, 7,4% em 2026 e 11% para 2027. Para eles, considerando o perfil de geração de caixa da empresa, não há razão para que o Copel não aumente o pagamento para cerca de 95% já em 2026.

“Com base nos números de alavancagem (2,4 vezes em 2026), poderíamos até mesmo assumir que, se nenhuma oportunidade de fusão & aquisição aparecer, pode haver espaço para dividendos extraordinários já em 2026, mas não contamos com isso em nosso cenário base”.

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Repórter
Formada em jornalismo pela Universidade Nove de Julho. Ingressou no Money Times em 2022 e cobre empresas.
lorena.matos@moneytimes.com.br
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