Comprar ou vender?

Copel (CPLE6) ou Cemig (CMIG4)? Por que a XP rebaixou uma dessas ações

26 set 2024, 16:09 - atualizado em 26 set 2024, 16:10
XP destacou que as ações da Cemig tiveram um desempenho positivo recentemente (a alta neste ano é de 31%). (Imagem: Pexels)

A XP Investimentos reiterou a recomendação de compra para as ações da Copel (CPLE6), com preço-alvo de R$ 13,80, mas rebaixou Cemig (CMIG4) para “neutra”, com preço-alvo de R$ 12,80.

Segundo a corretora, a companhia paranaense de energia é negociada a uma taxa interna de retorno (TIR) real de 12,8%, contra aproximadamente 11% da média do setor, e spread de aproximadamente 6p.p. para duration equivalente do NTN-B.

“Após sua privatização em outubro de 2023, a Copel entregou ganhos significativos de eficiência em todos os setores, e ainda esperamos ganhos adicionais para os próximos trimestres”, disseram os analistas Vladimir Pinto e Bruno Vidal.

“Além disso, temos uma avaliação positiva de sua estratégia de reorganização de portfólio e esperamos novos gatilhos no curto/médio prazo, à medida que os preços da energia aumentam e o leilão de capacidade dos reservatórios se aproxima”.

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XP rebaixa a Cemig

A XP destacou que as ações da Cemig tiveram um desempenho positivo recentemente (a alta neste ano é de 31% enquanto Copel avançou apenas cerca de 1%) e disse que agora os papéis são negociados em torno de 10,5% da TIR real alavancada, ligeiramente abaixo da média do setor de aproximadamente 11%.

A corretora disse reconhecer os esforços da empresa para se concentrar em seus negócios principais, vendendo sua participação na Aliança Energia para a Vale, mas disse que adotou uma perspectiva mais conservadora em relação aos demais ativos disponíveis para venda, incluindo Taesa, Belo Monte e Gasmig.

“As circunstâncias específicas que envolvem cada investimento tornam esses desinvestimentos mais complexos e improváveis de ocorrer no curto e médio prazo”, disse.

A XP chamou a atenção ainda para o ruído político, com as discussões sobre federalização. “Apesar de todos os esforços feitos pela liderança do Senado, não há indícios de que o governo federal assumirá o controle da empresa”, afirmou.

“O delicado cenário fiscal complica ainda mais as perspectivas de federalização. O estado de Minas Gerais conta com outras opções que parecem mais viáveis de serem federalizadas”.

Editor
Jornalista formado pela Universidade Federal do Paraná (UFPR), com MBA em finanças pela Estácio. Colaborou com revista Veja, Estadão, entre outros.
kaype.abreu@moneytimes.com.br
Jornalista formado pela Universidade Federal do Paraná (UFPR), com MBA em finanças pela Estácio. Colaborou com revista Veja, Estadão, entre outros.