Copel (CPLE6): O risco envolvendo a privatização da empresa
A Copel (CPLE6) alertou que há risco de cancelamento da oferta de ações que a companhia lançou hoje, devido a uma decisão pendente do Tribunal de Contas da União (TCU).
Segundo a empresa, o processo de “bookbuilding” não será concluído sem que haja aval do TCU sobre o bônus de outorga a ser pago pela Copel para renovação de concessões de três usinas hidrelétricas.
A estatal disse que caso o TCU se manifeste no sentido de não aprovar os termos definidos na portaria interministerial, a oferta não será concluída.
O processo sobre o bônus de outorga das hidrelétricas, calculado pelo governo federal em R$ 3,72 bilhões, começou a ser apreciado pelo plenário do TCU no início de julho, mas foi interrompido por um pedido de vista do ministro Vital do Rêgo.
O ministro disse que poderia trazer o caso novamente ao plenário antes do prazo regimental de 30 dias, que encerra no início de agosto.
Analise é importante para Copel
A análise do TCU é considerada importante para a operação porque a Copel busca levantar recursos na emissão primária para fazer frente a esse pagamento bilionário.
Se a Copel continuasse estatal, teria que renovar a concessão de sua principal hidrelétrica sob regras menos favoráveis, possivelmente tendo que vender o controle do ativo.
A renovação de concessões hidrelétricas, que corre em paralelo à privatização, envolve as usinas Salto Caxias, Segredo e Foz do Areia, que somam 4.176 megawatts (MW) de capacidade instalada, mais da metade do parque gerador da elétrica paranaense.
A companhia estimou que o “follow on” pode movimentar até R$ 4,96 bilhões.
*Com informações da Reuters