Copel (CPLE6) lucra 16,6% mais no 3T23 e terá investimento recorde em distribuição em 2024
A companhia de energia elétrica Copel (CPLE6) encerrou o terceiro trimestre com um lucro líquido de 441,2 milhões de reais, cifra 16,6% superior à registrada em igual período do ano passado, segundo resultado financeiro divulgado na noite de quarta-feira (8).
No mesmo trimestre, o lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortização (Ebitda) ajustado somou 1,43 bilhão de reais, aumento de 26,8% na comparação anual.
O resultado positivo ocorre mesmo com um aumento dos custos e despesas operacionais da companhia no trimestre, principalmente em função de um provisionamento de 610,1 milhões de reais referente ao Programa de Demissão Incentivada (PDI) lançado pela Copel, que compreende o desligamento de 1.437 empregados.
- Eletrobras deixa prejuízo para trás e lucra R$ 1,47 bilhão no 3T23: Ainda vale a pena investir nas ações da elétrica? Confira a recomendação do analista Ruy Hungria no Giro do Mercado desta quarta-feira (8), é só clicar aqui:
“(O resultado do terceiro trimestre) só mostra que a empresa é muito estável, previsível, e que tem crescido de maneira consistente”, disse à Reuters o CEO da Copel, Daniel Slaviero.
“Com esse PDV, nós vamos estar muito alinhados com o tamanho (de empresa) que nós consideramos adequado”, acrescentou o executivo ao comentar sobre o PDV, que resultará em uma economia anual estimada de 428 milhões de reais e levará o quadro total de funcionários da Copel a aproximadamente 4,5 mil.
Slaviero afirmou ainda que a Copel, que foi privatizada neste ano pelo Estado do Paraná, irá divulgar na próxima semana sua previsão de investimentos para 2024, com recorde de aportes para o negócio de distribuição de energia elétrica.
“Vai ser o maior investimento da Copel na história para a nossa concessão aqui no Paraná”, destacou o executivo, afirmando que cerca de 85% dos investimentos da companhia em 2024 serão destinados à distribuição.
Ele ressaltou que a companhia vem ampliando seus investimentos na concessionária nos últimos anos, tendo saltado de 550 milhões de reais para 1,87 bilhão de reais neste ano, visando aumentar a base regulatória de ativos para a próxima revisão tarifária, que acontecerá em 2026.
“O investimento em distribuição aumenta a base regulatória, ele melhora a qualidade do atendimento ao nosso cliente, que é muito relevante, e ele reduz custos, com equipamentos com redundância, interligados e operação remota”.