Copel (CPLE6) está pronta para despachar mais dividendos, vê Goldman; veja o retorno esperado
Analistas saíram satisfeitos do dia do investidor da Copel (CPLE6), realizado na última terça-feira.
A elétrica trouxe um pacotão de medidas que foram saudadas pelo mercado, como dividendos extraordinários de R$ 600 milhões, recompra de ações e a venda de 11 pequenas centrais hidrelétricas, uma termelétrica e um parque eólico por R$ 450,5 milhões para o grupo Electra Hydra/Intrepid.
Mas as boas notícias não param por aí. Segundo o Goldman Sachs, a elétrica paranaense pode despachar mais dinheiro para investidores.
Os analistas liderados por Bruno Amorim afirmaram que a elétrica está pronta para aumentar a remuneração, ao mesmo tempo em que permanece seletiva em oportunidades de crescimento com VPL (valor presente líquido) positivo.
“Como tal, reiteramos a Copel como uma de nossas principais escolhas entre nossa cobertura de utilities em uma combinação única de gestão sólida, balanço patrimonial leve, avaliação atrativa (13% IRR) e dividendos crescentes”.
Durante o evento, o CEO, Daniel Pimentel Slaviero, disse que a empresa retornaria dinheiro aos acionistas se nenhum projeto positivo de VPL fosse encontrado.
Finalmente, a gerência afirmou que sua visão estratégica inclui uma fase de expansão de 2026 em diante, o que sugere que o capex (investimentos) de crescimento pode ser contido no futuro previsível, o que pode sinalizar um aumento nos proventos.
Pelos cálculos do BTG, com um payout de 50% (conforme definido pela política) e a distribuição total dos ganhos dos desinvestimentos da UEGA e da Compagas, espera-se que esse valor totalize R$ 2,2 bilhões em 2024, ou um dividend yield de 7,4%
O banco recorda que o plano estratégico foi delineado em três fases, sendo elas:
- primeira fase, que abrange 2024-25, que prioriza a eficiência estrutural, com foco no negócio principal, otimização de ativos, revisão da estrutura organizacional e transformação digital;
- segunda fase, prevista para 2025-26, com foco para a excelência operacional, priorizando uma forte cultura
de dono, eficiência de custos, comercialização de energia, experiência do cliente, inovação, liderança regulatória e migração para o Novo Mercado; - a terceira fase, que abrange 2026-30, terá como alvo oportunidades de crescimento orgânico
e inorgânico.
O presidente Daniel Slaviero enfatizou que a tese de investimento da Copel está se tornando mais fácil de entender e menos arriscada, refletindo a evolução da estratégia da empresa.