Duas elétricas são as favoritas entre 22 analistas para investir em janeiro e buscar dividendos
A temporada de festas de fim de ano passou e 2025, com todo o amargor deixado por 2024, está diante do mercado. As perspectivas seguem com o fiscal no radar, ciclo de aperto monetário, debandanda do investidor estrangeiro e o cenário nos Estados Unidos se somando às dificuldades domésticas.
Na visão do Itaú BBA, 2024 foi um ano perdido e o prognóstico para 2025 não traz indicações de que será muito diferente.
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O humor deve seguir pesado neste ano, com os investidores à espera de respostas para uma série de perguntas que vão desde os juros americanos, passando pela economia chinesa, economia de um segundo governo de Donald Trump e, aqui no Brasil, se o governo irá sinalizar compromisso com o fiscal e até onde vai a alta da Selic.
Neste cenário, o Money Times mapeou as carteiras recomendadas de 22 corretoras e bancos para identificar as melhores oportunidades no setor elétrico para investir em janeiro — setor conhecido por segurança e pagamento de proventos.
Copel e Eletrobras são as elétricas preferidas
Para o mês de janeiro, as elétricas Copel (CPLE6) e Eletrobras (ELET3) empataram com o maior número de indicações de analistas.
Na avaliação do Safra, que conta com Copel entre suas indicações, a companhia continua a mostrar potencial para impulsionar a geração de valor com medidas de eficiência, além de ser um bom nome quando se trata de dividendos, com potencial para aumentar o pagamento no futuro, dada sua forte geração de caixa.
O Safra vê riscos limitados em relação à tese de investimentos, com a empresa sendo negociada a uma TIR (Taxa Interna de Retorno) de 10,6% e um dividend yield (retorno de dividendos) de 4,5% para 2025.
Já analistas da XP Investimentos destacam que a Copel realizou a venda de 13 pequenas usinas e descruzamento de ativos com a Eletrobras gerando um VPL (valor presente líquido) estimado de R$ 215 milhões.
Sobre Eletrobras, o BTG Pactual aponta que a elétrica é um dos nomes mais baratos em seu universo de cobertura.
“A diferença de valuation em relação a seus pares é explicada por uma percepção de maior complexidade, maior risco de governança e dividendos menores. Em nossa opinião, a empresa está lidando com todas as variáveis mencionadas acima”, afirmam.
O BTG aponta que uma política de dividendos trimestrais está sendo considerada, e um acordo com o governo federal se aproxima, com complexidade sendo gradualmente reduzida pela administração da empresa.
A Ágora Investimentos complementa apontando que o mercado de ações do Brasil tem estado sob muito estresse, em meio ao aumento dos juros futuros, e a Eletrobras não ficou imune a isso. No entanto, apontam que a tese de investimento a médio e longo prazo está entre as mais atraentes da América Latina.
Em relação ao pilar de valuation, a Ágora aponta como muito atrativo, com a Eletrobras atualmente descontando uma TIR implícita real de aproximadamente 14%.
Veja as elétricas mais indicadas para janeiro
Empresa | Ticker | Indicações |
---|---|---|
Copel | CPLE6 | 6 |
Eletrobras | ELET3 | 6 |
Equatorial | EQTL3 | 5 |
Cemig | CMIG4 | 2 |
Taesa | TAEE11 | 1 |
CPFL | CPFE3 | 1 |
Alupar | ALUP11 | 1 |
Energisa | ENGI11 | 1 |
Aeris | AERI3 | 1 |
Isa Energia | ISAE4 | 1 |
Levantamento
Para janeiro, foram indicadas 76 ações, somando 217 recomendações.
Participaram do levantamento Ágora Investimentos, Andbank, Banrisul Daycoval, BB Investimentos, BTG Pactual, CM Capital, EQI Research, Empiricus Research, Genial Investimentos, Itaú BBA, Monte Bravo, Nova Futura, Planner, PagBank, Rico, RB Investimentos, Safra, Santander, Terra Investimentos, Toro e XP Investimentos.
*Com Renan Dantas