Copel (CPLE6): É possível sonhar com mais dividendos em 2022?

11 fev 2022, 13:18 - atualizado em 11 fev 2022, 14:22

A Copel (CPLE6) é conhecida por ser uma boa pagadora de dividendos. Nos últimos cinco anos, o seu dividend yield girou em torno de 6,48%.

Em sua última distribuição, em setembro, por exemplo, a empresa pagou R$ 1,4 bilhão em dividendos e juros sobre o capital próprio, o que fez, inclusive, a ação subir na sessão seguinte.

Mas o que esperar para 2022? Em busca de respostas, a Ativa conversou com os executivos da Copel.

De acordo com o analista Ilan Arbetman, é pouco provável que a empresa distribua dividendos extraordinários. Mas os rendimentos continuam atrativos em 2022, diz.

“Para 2022, mesmo que Copel caminhe rumo à uma estrutura de capital mais otimizada, onde sua alavancagem estaria entre 1,5x e 2,5x, o novo estatuto prevê um payout de 50% nesta situação, o que também pode se mostrar bem atrativo”, coloca.

Mesmo assim, o cenário-base da corretora é que a companhia continue distribuindo 65% do resultado em 2022 e dispondo de uma alavancagem inferior a 1,5x.

“Vemos uma companhia capitalizada, com baixa alavancagem e que deverá seguir se mostrando como uma das opções no mercado brasileiro que mais proventos entrega aos seus acionistas”, coloca.

Copel em 2022

Na avaliação de Arbetman, a companhia segue colhendo os avanços operacionais, financeiros e de governança realizados nos últimos anos.

“Acreditamos que, em distribuição, após o êxito na última revisão periódica onde observou evolução de 70% de sua base regulatória de ativos, a companhia seguirá reforçando a eficiência da operação, investindo em projetos que contribuem para o seu crescimento orgânico”, coloca.

Já em transmissão, a principal novidade é o retorno da companhia aos leilões. O analista prevê que a venda da Compagás poderá ocorrer ainda este ano, assim como a alienação de parte do BNDES na empresa, “amortecendo desta forma o overhang que contribuí para a estagnação do preço do papel”.

A Ativa tem preço-alvo de R$ 7,5 para os papéis da Copel.

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Por Renan Dantas

Editor-assistente

Formado pela Universidade Presbiteriana Mackenzie, cobre mercados desde 2018. Ficou entre os 50 jornalistas +Admirados da Imprensa de Economia e Finanças das edições de 2022 e 2023. É editor-assistente do Money Times. Antes, atuou na assessoria de imprensa do Ministério Público do Trabalho e como repórter do portal Suno Notícias, da Suno Research.

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