Comprar ou vender?

Copel (CPLE6) e Eletrobras (ELET3) se beneficiam com acordo de troca, veem analistas; hora de comprar?

13 dez 2024, 16:55 - atualizado em 13 dez 2024, 16:55
copel eletrobras
BTG Pactual e XP Investimentos veem benefícios mútuos em acordo entre Copel e Eletrobras (Imagem: Getty Images)

Tanto Copel (CPLE6) quanto a Eletrobras (ELET3) se beneficiam do acordo firmado entre as elétricas para troca de ativos, avaliam analistas do BTG Pactual e XP Investimentos. Ontem (12), a Copel informou ao mercado a aquisição do controle da Usina Hidrelétrica Mauá e da transmissora Mata de Santa Genebra S.A. (MSG), através de uma transação com a Eletrobras (ELET3).

A Copel, por meio de sua subsidiária Copel GeT, comprou os 49% da Eletrobras em Mauá e os 49,9% da Eletrobras em MSG. Em contrapartida, a Copel GeT transferiu a Usina Hidrelétrica Colíder (100% de sua propriedade) para a Eletrobras e realizará um pagamento adicional de R$ 365 milhões em caixa.

O consenso entre analistas do BTG e XP é que a troca de ativos é vantajosa para todos, uma vez que vai de encontro com as estratégias de cada companhia.

Hora de comprar Copel e Eletrobras?

Apesar de analistas do BTG enxergarem um impacto neutro no valuation da Copel, apontam que é um movimento estratégico, uma vez que veem a transação representando mais um marco no plano estratégico da empresa pós-privatização, focado em sinergias e disciplina de capital.

O BTG recorda que, desde a sua privatização em agosto de 2023, a Copel:

  • se desfez de ativos não essenciais (Compagas, UEGA e pequenas centrais elétricas), apoiando os dividendos de 2024;
  • revisou para cima seu guidance (projeção) de redução de despesas operacionais; e
  • anunciou um programa de recompra no valor de quase R$ 3 bilhões (~10% do total de ações), refletindo a confiança da administração na performance de suas ações.

“Para a Eletrobras, a transação está alinhada com sua estratégia de alienar participações minoritárias e focar em eficiência”, avaliam.

O BTG tem recomendação de compra para a Copel, com preço-alvo de R$ 15,60.

A XP destaca que o acordo permite que cada empresa simplifique sua estrutura acionária, obtendo controle total sobre seus respectivos ativos, ao mesmo tempo em que desbloqueia sinergias potenciais em suas operações.

Os analistas pontuam entre os benefícios o desbloqueio de sinergias adicionais em seus ativos remanescentes, uma vez que já possuem outras operações nas mesmas áreas de concessão, simplificação da estrutura acionária, que deve contribuir positivamente para a governança corporativa e a centralização das decisões.

A casa reitera a recomendação de compra para CPLE6, com preço-alvo de R$13,8 por ação, e para  ELET3/ELET6, com preços-alvo de R$ 50 e R$ 54, respectivamente.

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Repórter
Formada em jornalismo pela Universidade Nove de Julho. Ingressou no Money Times em 2022 e cobre empresas.
lorena.matos@moneytimes.com.br
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