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Copel (CPLE6) cai 2% após prejuízo de R$ 522,4 milhões no 2T22; é hora de comprar as ações?

10 ago 2022, 11:42 - atualizado em 10 ago 2022, 11:59
Copel
(Money Times/ Gustavo Kahil)

Em dia positivo para o Ibovespa (IBOV), a Copel (CPLE6) liderava as quedas da Bolsa, recuando 2,46%, a R$ 7,13, por volta das 10h45 desta quarta-feira (10).

Na noite de terça (9), a companhia divulgou prejuízo líquido de R$ 522,37 milhões no segundo trimestre de 2022. O resultado representa uma reversão do lucro de R$ 1 bilhão reportado no mesmo período do ano passado.

Segundo analistas, o balanço “neutro” da estatal paranaense foi impulsionado pelo desempenho em geração e transmissão. Em distribuição, a companhia teve tendência mais moderada para volumes, receitas e desempenho gerencial.

Na parte financeira, os especialistas alertam que a companhia está caminhando para uma melhor relação entre a sua dívida líquida e Ebitda, além de estar em posição de se destacar no pagamento de proventos ao mesmo tempo em que espaço no balanço para executar projetos futuros.

Apesar do prejuízo, a XP Investimentos manteve recomendação de compra para CPLE6, com preço-alvo de R$ 8. Já a Ativa Investimentos tem indicação neutra para os papéis.

Balanço do 2T22

A Copel explicou que o prejuízo de R$ 522,37 milhões e a piora dos resultados no segundo trimestre decorre dos efeitos da Lei 14.385/2022, que estabeleceu a obrigatoriedade da devolução, aos consumidores de energia, de créditos tributários de PIS e Cofins.

A provisão realizada pela estatal para destinação desses créditos teve efeito líquido de R$ 1,2 bilhão no lucro líquido trimestral.

Já o Ebtida — lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortização — atingiu R$ 709,40 milhões, queda de 53,1% frente ao segundo trimestre de 2021. Segundo a companhia, a provisão teve impacto de R$ 811 milhões no indicador.

A receita operacional líquida da Copel somou R$ 5,26 bilhões, redução de 3,1% no comparativo anual.

Sem despacho termelétrico na UTE Araucária, as receitas consolidadas da companhia apresentaram leve queda.

Destaques do trimestre

Os destaques positivos da estatal paranaense vieram da Copel GeT, em função de um melhor cenário hidrológico. Por outro lado, o braço de distribuição, Copel DIS, apresentou resultado mais negativo, impactado por maiores custos gerenciáveis, afirmam os analistas.

O Ebitda ajustado do braço GeT cresceu 11,9% na comparação anual, impulsionado pelo melhor cenário hidrológico e, consequentemente, maior GSF (Generation Scaling Factor); e revisões tarifárias dos contratos de transmissão.

Já o Ebitda do braço de distribuição, DIS, caiu 10,6% frente ao mesmo período de 2021. Os analistas destacam que o resultado foi impactado pela redução do volume de vendas no mercado cativo, e pelos aumentos de 23,8% nos custos com serviços de terceiros, de 76,7% em outros custos operacionais, e de 76,9% com materiais.

*Com informações da Reuters

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