Comprar ou vender?

CPFL (CPFE3): mesmo com recomendação neutra, Bradesco BBI enxerga potencial com movimento de ‘caça aos dividendos’

29 jan 2025, 16:06 - atualizado em 29 jan 2025, 17:46
CPFL
(Imagem: Copel/Divulgação)

Correção: diferente do publicado originalmente às 16h06, o relatório do Bradesco BBI é sobre a CPFL, e não sobre a Copel. Seguem texto e título corrigidos.

CPFL (CPFE3) tem se destacado no cenário de investimentos, com o pagamento de bons dividendos e ativos de qualidade, na visão do Bradesco BBI. Apesar disso, o perfil de crescimento dos lucros da companhia está um pouco abaixo de outras empresas, o que faz a instituição manter a recomedação neutra para as ações da empresa de energia.

Os analistas Francisco Navarrete e Ricardo França enxergam que a CPFL possuí uma Taxa Interna de Retorno (TIR) atrativa, de 9%, ficando atrás de empresas como Sabesp (SBSP3), que apresenta um TIR de 12,8%, Copel (CPLE6), com 12,5% e Equatorial (EQTL3), de 12%.

  • Quais são as top “Money Picks” para este mês? O Money Times ouviu analistas de toda a Faria Lima para descobrir; veja aqui o resultado

De acordo com o Bradesco BBI, o cenário macroeconômico do Brasil, com taxas de juros elevadas, pode influenciar a atratividade de empresas de energia como a CPFL.

Isso porque, no mesmo relatório, os analistas também atualizaram as projeções para a taxa Selic, prevendo um pico de 15,25% em 2025. A perspectiva é de que as taxas atinjam 11,25% em 2026 e 10% a partir de 2027.

No entanto, no lado positivo, o banco destacou que a CPFL, como outras empresas do setor, pode se beneficiar da busca por dividendos em um mercado mais desafiador.

O Bradesco BBI estima um rendimento de 9,4% em 2024, que será pago em 2025. Para os próximos anos, a companhia deve ter um yield de 8,8% em 2025 e 2026, e de 10,6% em 2027.

“Este é um dos maiores rendimentos de dividendos em nossa cobertura e, o mais importante, é sustentável no longo prazo sem pressionar a alavancagem”, afirmaram os analistas.

Com isso, apesar da recomendação neutra, o banco elevou o preço-alvo das ações para R$ 40 (anteriormente, R$ 38,50). O valor implica em um potencial de valorização de 18% para a ação ON da CPFL.

Estagiária de Redação
Estudante da área de comunicação, cursando Jornalismo na Faculdade Cásper Líbero. Ingressou no Money Times em 2024 como estagiária.
marcela.malafaia@moneytimes.com.br
Estudante da área de comunicação, cursando Jornalismo na Faculdade Cásper Líbero. Ingressou no Money Times em 2024 como estagiária.