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Copel busca importar energia do Paraguai para venda no mercado livre; ações sobem

10 jan 2020, 16:52 - atualizado em 10 jan 2020, 16:53
Copel CPLE6
O pleito da Copel é para que o governo autorize as compras junto à hidrelétrica paraguaia por 20 anos, em importações na modalidade “energia firme” (Imagem: Money Times/Gustavo Kahil)

Na tarde desta sexta-feira, as ações da estatal paranaense Copel (CPLE6) operam com forte alta com a notícia de que a companhia quer importar eletricidade do Paraguai para revender a clientes no mercado livre de energia do Brasil, no qual grandes consumidores, como indústrias, negociam diretamente o suprimento junto a geradores e comercializadoras.

Assim, por volta das 16h46, os papéis tinham ganhos de 2,16% a R$ 71,47.

A unidade de comercialização de eletricidade do grupo, Copel Energia, entrou junto ao Ministério de Minas e Energia e à Agência Nacional de Energia Elétrica com pedido de autorização para as operações, disse à Reuters o presidente da empresa, Franklin Kelly Miguel.

A usina de Acaray, com 200 megawatts em capacidade instalada, pertence à estatal paraguaia ANDE, que é sócia da estatal brasileira Eletrobras (ELET3) na operação da hidrelétrica binacional de Itaipu.

O pleito da Copel é para que o governo autorize as compras junto à hidrelétrica paraguaia por 20 anos, em importações na modalidade “energia firme”, a serem negociadas pela comercializadora da Copel “por sua conta e risco”.

A energia trazida do Paraguai para o Brasil precisa passar pela estação conversora porque a rede elétrica do país vizinho opera em frequência de 50 hertz, contra 60 hertz do sistema interligado brasileiro.

Com operações próximas de países do Mercosul, a Copel já obteve, em junho do ano passado, autorização do governo brasileiro para realizar até o fim de 2022 operações de importação de energia da Argentina e do Uruguai.

Diversas empresas, incluindo as comercializadoras de energia dos bancos Santander (SANB11) e BTG Pactual (BPAC11), também foram autorizadas em 2019 a realizar importações de energia de Uruguai e Argentina.

As operações de importação registradas nos últimos meses, no entanto, envolveram apenas a estatal Eletrobras, a comercializadora Tradener e a Enel Green Power Cachoeira Dourada, da italiana Enel, segundo dados da Câmara de Comercialização de Energia Elétrica (CCEE).

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