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Copasa: sem privatização e com números fracos no 2º tri, se mantenha longe das ações, apontam analistas

03 ago 2021, 17:56 - atualizado em 03 ago 2021, 18:05
Copasa
Para a XP, as cifras vieram abaixo do esperado. Além disso, afirma que a companhia de saneamento tem um cenário complexo para a concretização de uma eventual privatização  (Imagem: YouTube/TVCOPASAMG)

A Copasa (CSMG3) não reportou resultados tão animadores no segundo trimestre, apesar da elevação do lucro de 62%, para R$ 237 milhões, 5% acima do consenso de mercado.

Já a receita líquida cresceu 10%, indo a R$ 1,3 bilhão.

Segundo a empresa, a alta foi puxada pelo reajuste tarifário médio de 3,04%, pelo crescimento no número de economias (unidades consumidoras) de água em 2,4% e pelo aumento de R$ 6,3 milhões na receita indireta de água e esgoto, em função, principalmente, do retorno gradual das atividades econômicas.

A Genial destaca que o Ebitda, que mede o resultado operacional, cresceu 30% em um trimestre marcado pela alteração no método de contabilidade do provisionamento dos devedores duvidosos por parte da empresa, que retornaram ao que era antes da alteração anterior a 2020, momento da pandemia.

“Outro destaque positivo é o endividamento da empresa, que fechou em R$ 2,6 bilhões (1.3x Dív. Líquida/Ebitda) – níveis muito confortáveis, o que deve levar a empresa a seguir com sua política de distribuição extraordinária de dividendos”, completa.

Segundo a corretora, as ações estão baratas, negociando a 3,6 vezes o EV/Ebitda, que mede o valor da empresa, e um TIR (taxa de retorno) implícita de 9,9% em termos reais, “mas temos preferência por outros nomes no setor”, completa.

Para a XP, as cifras vieram abaixo do esperado. Além disso, a corretora afirma que a companhia de saneamento tem um cenário complexo para a concretização de uma eventual privatização nos ambientes estadual e municipal.

“Assim sendo, continuamos a acreditar que há poucos motivos para se investir nas ações da Copasa, e mantemos recomendação de venda, com preço-alvo de R$ 15 por ação”, completa.

Já segundo o Safra o resultado ficou dentro da expectativa, sem grandes surpresas.

“Temos uma classificação de neutra para a Copasa. Apesar de preços atraentes, não vemos catalisadores para o curto prazo assim que o processo de 2ª Revisão Tarifária já estiver concluído. Acreditamos que a privatização não deve ocorrer tão cedo”, ressalta.

O BofA também está pessimista com os papéis, citando os riscos regulatórios da Copasa e margens mais estreitas devido a revisão tarifária difícil.

“Embora a melhoria das operações já seja esperada, vemos riscos regulatórios crescentes apoiando nossa classificação de desempenho inferior”, conclui.

O banco tem recomendação de venda, com preço-alvo de R$ 16.

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