Copasa (CSMG3) se manifesta sobre polêmica federalização
A Copasa (CSMG3) se manifestou sobre a sua possível federalização após receber oficio do governo de Minas Gerais informando que o Estado tem buscado soluções junto à União para a questão da dívida pública estadual, mostra documento enviado ao mercado nesta quinta-feira (23).
“Foram apresentadas ao governo de Minas Gerais alternativas, que ainda serão objeto de análise
minuciosa, tanto pelos técnicos do Governo Federal, quanto do Governo Estadual, razão pela qual ainda não
houve qualquer manifestação ou aceite do governo do estado sobre o ponto referente a eventual federalização
das estatais estaduais com ações listadas na Bolsa de Valores”, explica.
Além disso, a Copasa reafirmou seu compromisso com os melhores níveis de transparência e governança corporativa.
Na noite de ontem, a Cemig (CMIG3), outra empresa que pode entrar no pacote, afirmou que desconhecer qualquer plano de ser transferida para o controle do governo federal.
- Federalização da Copasa e Cemig: Qual o impacto da mudança para as empresas? Saiba o que fazer com as ações no Giro do Mercado desta quinta-feira (23), é só clicar aqui:
Entenda a possível federalização da Copasa
Na quarta-feira (23), o governador de Minas Gerais, Romeu Zema, apoiou a proposta do presidente do Senado, Rodrigo Pacheco, de passar as companhias para o governo. O mercado esperava que o político fosse contrário, já que a privatização era uma de suas principais promessas.
Segundo o sócio da Nexgen Capital, Pedro Wilson, o processo faz com que o mercado precifique apenas pontos negativos para ambas as companhias, o que deve derrubar ainda mais as ações.
“Para o acionista, não é enxergado nenhum ponto positivo”, afirmou ao ressaltar que Copasa e Cemig passariam a ter interesses focados na divida pública, e não mais na geração de retorno.
Para analista da Empiricus Research, Ruy Hungria, a maior preocupação gira em torno de interferências políticas. “O mercado dá uma pausa na expectativa de melhora com a possibilidade de um governo mais populista voltar a tomar conta dessas empresas”, disse no Giro do Mercado.