Copasa (CSMG3) ‘falha’ no resultado e ação tem pior tombo em anos
A Copasa (CSMG3) chegou a tombar 9% na sessão desta terça-feira após resultados considerados ‘fracos’ por analistas. A ação, no entanto, conseguiu diminuir a queda para 8,35%, a R$ 18,55.
Foi a pior queda desde maio de 2022, quando caiu 8,64%.
Na última segunda-feira, a companhia de saneamento de Minas Gerais divulgou lucro líquido de R$ 249 milhões no segundo trimestre de 2023, alta de 38%, mas 24% abaixo do consenso de analistas.
De acordo com a Guide Investimentos, apesar do bom crescimento do Ebitda ajustado, a Copasa ainda entregou um avanço dos custos e despesas bem acima da inflação, algo disseminado na maioria das linhas que compõem a categoria.
A linha encerrou o trimestre em R$ 647,8 milhões, salto de 31,6%.
“Dessa forma, acreditamos que a trajetória de custos e despesas da companhia será um dos focos para os próximos resultados, uma vez que deverá haver algum alívio no ritmo das despesas com pessoal, refletindo os ganhos de eficiência do PDVI”, coloca.
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Já o Safra diz que a falha do Ebitda é explicada principalmente por PMS (despesas com pessoal, material e serviços) acima do esperado e despesas com inadimplência que foi parcialmente compensada por volumes de vendas maiores do que o esperado.
“Possuímos um rating neutro para a Copasa principalmente por conta de valuation. A preços atuais, vemos a empresa negociando a uma TIR (taxa interna de retorno) alavancada real justa de 8,0% e 0,82x EV/RAB, acima dos níveis históricos de 0,77x”, coloca.
A XP classifica as cifras como neutras.
“Apesar dos resultados terem ficado ligeiramente abaixo das nossas expectativas, houve um desempenho forte na comparação anual, com o volume faturado aumentando 3% para água e 2,8% para esgoto, além da tarifa média aumentar 15,7%”, destaca.
A corretora diz ainda que há um risco-retorno pouco atrativo no papel. A recomendação é de venda, com preço-alvo de R$ 17/ação.