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Copasa (CSMG3): Entenda por que resultado das eleições em Minas Gerais pode ser gatilho para salto das ações

30 set 2022, 12:38 - atualizado em 30 set 2022, 13:50
Romeu Zema
Pela análise da Genial Investimentos, o candidato com a agenda pró-privatização mais clara é a de Romeu Zema, governador de Minas Gerais (Imagem: Assembleia Legislativa de MG/Divulgação)

Investidores que têm as empresas de saneamento no radar devem ficar de olho nas eleições estaduais, em especial de Minas Gerais, diz a Genial Investimentos.

Romeu Zema (Novo) tenta se reeleger para o governo de Minas Gerais, e um segundo mandato do governador, com mais experiência administrativa, colocaria a discussão da privatização da Copasa (CSMG3) em foco.

“O governador teria mais espaço para tocar a sua agenda privatista e, quem sabe, colocar a Copasa como um dos alvos prioritários desse processo”, avalia Vitor Sousa, analista do setor elétrico e de saneamento da corretora.

Pela análise da Genial, o candidato com a agenda pró-privatização mais clara é a de Zema. De acordo com a corretora, apesar de um primeiro mandato mais tímido no avanço das pautas privatistas, o governador teria em um segundo mandato mais força para tocar a sua agenda.

A Genial lembra ainda que, por conta da pandemia do coronavírus, a agenda do governo de Minas Gerais, assim como os esforços das assembleias estaduais, foram absorvidas por outras pautas, “limitando a capacidade de entrega em outros setores”.

A Genial também destaca que, com a aprovação do novo marco legal do saneamento, o interesse do capital privado pelo segmento aumentou consideravelmente.

“À medida que boa parte das estatais de saneamento encontram-se com frágeis condições financeiras, alguns governadores optaram por realizar a concessão de exploração dos serviços de água e esgoto“, afirma Sousa.

Segundo o analista, levando em consideração a alta competição e os prêmios pagos pelos vencedores dos últimos leilões de privatização, não seria absurdo imaginar que, dentro de um processo competitivo, houvesse pagamento de prêmio expressivo nos ativos oferecidos.

“Atualmente, a Copasa negocia a apenas 0,5 vez valor da firma/base de remuneração regulatória – indicando uma assimetria muito interessante, à medida que o cenário de privatização estaria muito longe de estar nos preços do papel”, acrescenta Sousa.

A Genial tem recomendação de compra para as ações da Copasa, com preço-alvo de R$ 20. Segundo a corretora, sob premissas razoavelmente conservadoras, o papel da estatal poderia subir mais de 100% com uma eventual privatização, considerando que a empresa está bem descontada sob sua base de ativos em comparação com os prêmios oferecidos por ativos de saneamento que foram alvo de privatização recentemente – ou outras aquisições no segmento de distribuição de energia elétrica.

E a Sabesp?

A Genial também recomenda acompanhar de perto as eleições estaduais de São Paulo, visto que existem dois candidatos “bem colocados” que possuem a privatização da Sabesp (SBSP3) em suas agendas.

De acordo com a última pesquisa de intenções de voto divulgada pela Ipec, a pedido da TV Globo, o ex-ministro Tarcísio de Freitas (Republicanos) subiu e deixou o empate técnico com o governador Rodrigo Garcia (PSDB), aproximando-se de um cenário de disputa com Fernando Haddad (PT) no segundo turno.

Em caso de privatização, o potencial de destravamento de valor da Sabesp é expressivo, mas mais tímido que o da Copasa, avalia a Genial.

Por ora, a recomendação para a Sabesp é de “manter” e o preço-alvo sugerido é de R$ 58.

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