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Copasa (CSMG3): Bradesco BBI vê queda de dividendos pela frente; vale a pena?

08 jan 2025, 16:26 - atualizado em 08 jan 2025, 16:26
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A Copasa teve um ano bastante volátil, com altas de 34% e quedas de 18% (Imagem: Aristotoo/Getty Images)

A Copasa (CSMG3) deverá ter queda no retorno de dividendos nos próximos anos, calcula o Bradesco BBI em relatório. De acordo com a casa, o número encolherá dos 10,5% atuais para 7,1% em 2026 e 7,4% em 2027.

Isso se baseia na premissa de um payout (porcentagem total do lucro líquido distribuído) de 50% mais a distribuição extra do excesso de capital acumulado (como feito em 2024), que diminui à medida que as estimativas de Ebitda e lucro líquido para 2026 e 2027 caem após a revisão tarifária.

Mesmo cortando o preço-alvo de R$ 25 para R$ 20 e mantendo a recomendação neutra, devido a TIR (taxa interna de retorno) de 13,6%, ou seja, com um risco/retorno equilibrado, o BBI afirma que a companhia pode ser uma boa pedida para quem deseja investir pensando em dividendos no curto prazo.

Privatização sai ou não sai?

A Copasa teve um ano bastante volátil, com disparadas de 34% e quedas de 18%. No final, a ação terminou o ano de lado, com alta de 1,24%.

Para esse ano, o mercado monitora a privatização da companhia, promessa antiga de Romeu Zema, governador de Minas Gerais. No fim do ano passado, o governo estadual mandou para a Assembleia Legislativa o projeto.

Apesar disso, o BBI diz que a coordenação política da atual administração sempre foi difícil em MG, razão pela qual a casa não inclui isso no cenário base.

No entanto, assumindo melhorias regulatórias + alguma compressão de TIR, uma Copasa privatizada poderia valer de 55% a 78% mais.

A corretora diz também que sob a gestão nomeada pelo governo Zema, a Copasa tem feito grandes melhorias operacionais.

De acordo com as melhorias regulatórias, o BBI modelou um WACC (custo médio ponderado do capital) regulatório real de 9,15% para a próxima revisão tarifária de dezembro de 2025 (acima dos atuais 7,92%).

“De forma conservadora, e dada a falta de detalhes fornecidos até agora, não incluímos o impacto positivo da possível atualização anual de capex (investimentos) na base de ativos regulatórios (RAB), e isso pode adicionar um valor presente líquido variando de 6% a aproximadamente 10%”.

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Editor-assistente
Formado pela Universidade Presbiteriana Mackenzie, cobre mercados desde 2018. Ficou entre os jornalistas +Admirados da Imprensa de Economia e Finanças das edições de 2022, 2023 e 2024. É editor-assistente do Money Times. Antes, atuou na assessoria de imprensa do Ministério Público do Trabalho e como repórter do portal Suno Notícias, da Suno Research.
renan.dantas@moneytimes.com.br
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